GGRC11 alcança novo patamar de liquidez supera marca de 220 mil cotistas
O fundo imobiliário GGRC11 encerrou novembro em um novo estágio de maturidade dentro do mercado de capitais. O patrimônio líquido atingiu R$ 2,4 bilhões, enquanto a base de investidores ultrapassou 220 mil cotistas, posicionando o fundo entre os dez FIIs mais líquidos da B3 e entre os 20 maiores do mercado, considerando fundos de papel e de tijolo.

Com um cenário de cota pressionada, negociada na faixa dos R$ 10, o fundo manteve a distribuição mensal de R$ 0,10 por cota, o que elevou o dividend yield. Segundo a gestão, o patamar de distribuição reflete a resiliência operacional do portfólio e a capacidade do fundo de atravessar ciclos de mercado sem comprometer a previsibilidade da renda.
O principal destaque do mês foi o anúncio da venda do imóvel ocupado pela Covolan, localizado em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo. O ativo industrial, atualmente utilizado por uma empresa do setor têxtil, será alienado como parte do processo de reciclagem estratégica do portfólio.
A operação sinaliza a continuidade da mudança de posicionamento do GGRC11, que vem reduzindo gradualmente a exposição a imóveis industriais tradicionais e ampliando o foco em galpões logísticos, segmento que apresenta maior liquidez, demanda estrutural e aderência às tendências atuais do mercado imobiliário.
GGRC11: logística ganha peso na estratégia para 2026
O plano traçado pela gestão para 2026 passa por três frentes principais: novas aquisições no segmento logístico, avanço na locação dos imóveis adquiridos na última emissão e expansão geográfica seletiva, com destaque para o interesse em regiões como Manaus, considerada estratégica do ponto de vista operacional e logístico.
“Do ponto de vista financeiro, o fundo inicia o próximo ano em posição confortável. Não há obrigações relevantes de pagamento de ativos, apenas amortizações mensais de CRIs da ordem de R$ 3 milhões, valor considerado administrável frente ao patrimônio de R$ 184 milhões e às reservas acumuladas”, aponta a gestora
O cenário para o setor segue construtivo. Em regiões logísticas nobres próximas à capital paulista, os preços de locação já alcançam R$ 40 por metro quadrado.
Obras, qualidade técnica e diversificação de inquilinos
No campo operacional, a fase 2 do CD Santa Cruz avança para a reta final. A cobertura deve ser concluída em dezembro, enquanto a pavimentação está prevista para janeiro. O empreendimento soma 23 mil m², com piso de alta resistência, pé-direito livre de 12 metros e sistema de sprinklers, características voltadas a operações logísticas de maior complexidade.
Sobre locatários, após a última emissão, a Renault passou a ocupar a primeira posição entre os inquilinos do GGRC11, enquanto a Americanas recuou para o terceiro lugar. A estratégia da gestão é clara: reduzir a exposição individual a menos de 10% por inquilino, reforçando a diluição de risco e a estabilidade dos fluxos de caixa no longo prazo.