HGRE11: Para os “Buy and Hold”, FII já rendeu mais de 300%
O CSHG Real Estate – HGRE11 – fundo imobiliário do tipo tijolo/escritórios administrado pelo Credit Suisse, apresentou ao mercado seu relatório mensal de junho/20.
No documento, o Credit informou que a carteira de imóveis do HGRE11 encerrou o mês com 21,48% de vacância financeira e 21,86% de vacância física.
Segundo os relatos da gestão, o aumento da vacância se deu pelo processo de desocupações da Torre Martiniano para início das obras de reforma e uma desocupação de um conjunto no Ed. Verbo Divino por uma empresa de lojas de vestuário masculino que entrou em processo de recuperação judicial, sendo que os débitos em aberto estão sendo negociados. Repare que, essa é a maior vacância do HGRE11 nos últimos 12 meses.
HGRE11 obtém resultado de R$ 0,38, mas distribuirá R$ 0,57 para cotistas
O resultado distribuível do mês foi de R$ 0,38 por cota, mas será distribuído aos cotistas R$ 0,57 por cota no dia 14 de julho (Dividendo 0,37%, cota base R$ 150,40).
A administradora explicou que o fundo manteve a distribuição em R$ 0,57 por cota dado impacto dos acordos de diferimento que já estão em vigor.
HGRE11 acumula uma rentabilidade de 324,4% desde seu início (2007)
O HGRE11 teve um retorno positivo de 4,5%. Em relação aos últimos 12 meses, o fundo acumulou um retorno de 3,5% ficando 3,4% inferior ao IFIX, que acumulou uma valorização de 6,9%. No acumulado, a variação é de positivos 324,4% para o fundo.
HGRE11 está presente em 100% dos pregões na bolsa de valores
Sua liquidez no mercado secundário diminuiu consideravelmente dado que o volume médio de suas negociações em bolsa foi de R$ 64,98 milhões em junho. Esse valor representa um giro de 4% do total de suas cotas.
Entre novembro/19 e janeiro/20, o HGRE11 negociou valores superiores a R$ 150 milhões por mês.
Repare também o crescimento do número de cotistas, partindo de 38 mil em julho/19, para cerca de 90 mil em junho/20. Um aumento de 136,8%.
98% do patrimônio do HGRE11 são imóveis físicos
O HGRE11 atualmente possui 62 locatários divididos em seus 22 ativos de lajes corporativas, sendo seu portfólio distribuído em 98% imóveis e os restantes 2% em renda fixa, CRI e cotas de FII.
Todos os empreendimentos do fundo estão localizados nas regões Sul e sudeste do Brasil, como mostra a figura abaixo.
A gestão informou que segue atento à dinâmica que o isolamento social criou ao mercado de escritórios, tanto nas discussões de como serão as ocupações no futuro quanto no impacto de curto prazo que a crise vai impor, com consequente redução de espaço ocupado pelas empresas motivados por suas retrações.
“Ainda é cedo para quaisquer previsões assertivas sobre como se comportarão as empresas em seus escritórios no momento pós pandemia, porém a dinâmica comercial atual tem mostrado que as empresas já estão buscando se adequar à recessão econômica, e temos sentido este movimento com um leve aumento na vacância do fundo, sendo certo que são esperados mais ajustes deste tipo para os próximos meses. Por outro lado, com a flexibilização do isolamento e gradual retorno das empresas às atividades, o volume de procuras, visitas e negociações de locação também têm aumentado, e estamos bastante atentos para se adequar rapidamente ao mercado e buscar ocupar os espaços vagos, concedendo benefícios comerciais maiores se necessário,” destacou a Credit.
CSHG Real Estate é um FII de renda gestão ativa
Os investimentos do HGRE11 são destinados majoritariamente em propriedades do segmento de lajes corporativas, ditos também como escritórios comerciais.
Constituído em julho de 2007, o CSHG Real Estate tem como objetivo a aquisição, para exploração comercial, de empreendimentos imobiliários, prontos ou em construção, que potencialmente gerem renda, através de aquisição de parcelas ou da totalidade, para posterior alienação, locação ou arrendamento.
Com um patrimônio líquido de R$ 1,7 bilhões e 8 emissões de cotas realizadas, o HGRE11 possui uma participação relevante 1,9% no IFIX e uma taxa de administração de 1,0% ao ano sobre seu valor de mercado.