IFIX começa a semana em queda, pressionado por IPCA e risco fiscal

IFIX começa a semana em queda, pressionado por IPCA e risco fiscal
IFIX começou a semana em queda - Foto: Pixabay

O IFIX começou a semana em queda, com fechamento de 3.569,96 pontos nesta segunda-feira (13), recuo de 0,21% em relação ao resultado da última sexta-feira (10).

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O índice de FIIs começou o dia em alta e registrou a máxima do dia em menos de meia hora de pregão, perto da cotação máxima de sexta. A tendência, no entanto, se inverteu rapidamente para o patamar negativo, com pelo menos três momentos de recuo ao longo do dia e fechamento perto da mínima.

O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, acredita que o mercado ainda está reagindo aos dados de inflação da semana passada, que registraram IPCA de 0,48%, acima do esperado. Segundo ele, porém, o número se deu principalmente pela elevação dos preços de energia, que tinham puxado a deflação (inflação negativa) de agosto.

O analista acredita que os dados macroeconômicos da inflação estão melhorando, mas não a ponto de o Banco Central já poder cogitar a queda da Selic, atualmente em 15% ao ano. “Os núcleos vêm apresentando resultados positivos e mostrando os efeitos da política monetária, mas seguem acima do limite superior da meta”, explicou o especialista.

Outro tema que vem afetando o mercado, segundo Sung, é a queda da Medida Provisória 1.303, que perdeu a validade ao não ser votada no prazo de 120 dias. Ao longo da tramitação, o texto já havia sido modificado e deixado de lado a tributação de dividendos de FIIs e Fiagros.

De forma mais ampla, porém, o impacto tem sido mais negativo, diante do temor de que o governo tenha que mudar a meta fiscal de 2026, diante da dificuldade de cumprir a previsão de superávit de 0,25% do PIB, ou cerca de R$ 34 bilhões. “Isso acaba afetando a curva de juros para cima e provoca alguma turbulência no mercado”, analisa Gustavo Sung.

IFIX — resumo do dia 13/10/2026

TRBL11 lidera as altas do dia

O destaque positivo do dia ficou com o segmento de imóveis logísticos, que teve dois ativos entre as cinco maiores altas do dia. O RBRL11 liderou a lista, com 1,67% de valorização e fechamento em R$ 86,50, enquanto o VILG11 subiu 0,80% e terminou o dia negociado a R$ 87,84. Outro destaque entre ativos de tijolo foi o GZIT11, FII de shopping centers, que subiu 0,78% e fechou o dia em R$ 44,95.

Na outra ponta, liderada por FIIs que lideram principalmente com recebíveis imobiliários, o MCCI11 registrou a maior queda do dia, de 2,33%, e fechou a R$ 88,30. O VCJR11 recuou 1,32% e terminou o pregão em R$ 76,05.

Entre os FIIs de maior liquidez, o MXRF11 caiu 0,10%, a R$ 9,54, um dia antes de realizar o pagamento de dividendos, no valor de R$ 0,10 por cota, num total de R$ 43 milhões. O KNSC11, que realizou seu pagamento nesta segunda, subiu 0,69%, a R$ 8,80.

A carteira teórica do IFIX é modificada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um FII leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição, com 115 fundos imobiliários, vale desde o começo de setembro até o fim do ano.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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