Fundo imobiliário cai em meio a AGE sobre fusão; IFIX fecha em queda mínima

Fundo imobiliário cai em meio a AGE sobre fusão; IFIX fecha em queda mínima
IFIX tem dia de oscilação leve - Foto: Pìxabay

O fundo imobiliário IRDM11, que solicitou aprovação aos investidores para iniciar um processo de fusão com o IRIM11, da mesma gestora, teve a maior queda do pregão de FIIs desta quinta-feira (17) e caiu a sua menor cotação dos últimos quatro meses. O dia foi marcado por queda mínima do IFIX.

O índice de FIIs fechou em 3.475,04 pontos, queda de 0,01% em relação ao resultado da véspera, num dia em que a cotação oscilou nos dois sentidos durante o dia. Pela manhã, depois de bater na máxima minutos após a abertura em alta, o IFIX caiu e ficou em patamar negativo até as 13h.

Durante a tarde, o índice seguiu oscilando perto do resultado da quarta-feira (16), mas a maior parte do tempo no azul. Apenas na última hora o ritmo de negociações caiu e o IFIX atingiu a cotação mínima às 16h13, para depois subir e fechar apenas 0,29 ponto abaixo do resultado anterior.

O dia foi de ajustes nos demais mercados, com alta leve do Ibovespa e queda do dólar, no dia seguinte à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de restabelecer parte do decreto presidencial que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O texto havia sido derrubado por um decreto legislativo aprovado pelo Congresso que também foi parcialmente validado pelo magistrado, vetando a tributação de operações de risco sacado, geralmente usadas pelo setor varejista para antecipação de recebíveis.

Agora, as atenções devem se voltar novamente à questão da tarifa estabelecida pelos Estados Unidos à importação de produtos brasileiros, que ganhou novos detalhes nos últimos dias com questionamentos do governo norte-americano para apurar práticas comerciais supostamente “injustas” do Brasil. Entre os temas citados estão a regulamentação de transações financeiras e o combate à pirataria e ao comércio ilegal.

IFIX – resumo do dia 17/07/2025

Fundo imobiliário IRDM11 cai na máxima em 4 meses; veja outros destaques

O IRDM11 foi o principal destaque negativo do dia, com queda de 3,23% e fechamento em R$ 64,35, sua cotação mais baixa desde 7 de março, quando fechou em R$ 64,94. Foi a segunda queda consecutiva, dois dias depois de a gestão convocar uma assembleia geral extraordinária (AGE) que pede autorização para a 13ª emissão de cotas do fundo, com a intenção de captar até R$ 120 milhões. O prazo de votação dos investidores vai até o dia 30 deste mês.

Se aprovada, a oferta dará início ao processo de fusão do fundo com o IRIM11, com a aquisição de cotas de um FII que detém um ativo estratégico de tijolo, cujo nome não foi informado pela Iridium, gestora dos dois fundos. A intenção da empresa é da Iridium, gestora dos dois FIIs, é manter uma carteira do segmento multiestratégia, que passará a deter, de forma combinada, imóveis, CRIs, cotas de outros FIIs e ações de empresas ligadas ao setor imobiliário.

Na outra ponta do dia, o VINO11, fundo de imóveis corporativos, teve a principal alta, de 1,56%, cotado a R$ 5,20. É o valor máximo de mercado desde 30 de maio, quando o FII fechou em R$ 5,21, mas as cotas seguem fortemente descontadas, quase 50% abaixo do valor patrimonial por cota, de R$ 10,24.

A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 FIIs, vale até o fim de agosto — no fim deste mês a B3 lança a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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