IRDM11 reage após decisão da gestora; IFIX mantém queda, mas em ritmo mais lento
IRDM11 teve a maior alta do dia, após seis pregões seguidos de queda; analistas veem mercado "de lado" à espera de tarifa e Copom.


O fundo imobiliário IRDM11 registrou seu primeiro dia de alta nesta terça-feira (22), após decisão tomada por sua gestora, em dia marcado pela sexta queda consecutiva do IFIX. Desta vez, porém, o índice de FIIs caiu em menor ritmo que na véspera.

O IFIX fechou em 3.440,95 pontos, queda de 0,09% em relação à véspera, depois de operar em alta durante toda a manhã e entrar no patamar negativo à tarde. Depois de atingir a mínima do dia, por volta das 15h30, o índice ensaiou uma recuperação, mas não conseguiu alcançar o patamar da véspera.
Para analistas, o IFIX sente o reflexo de um momento em que o mercado de capitais está andando “de lado” à espera de decisões mais concretas sobre a tarifa de importação que será aplicada pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Além disso, começa a entrar no radar dos investidores a “Super Quarta” da semana que vem, com decisões de juros tanto nos EUA quanto no Brasil.
A tendência é que os valores atuais sejam mantidos — 15% ao ano para a Selic e intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano para os juros norte-americanos. O interesse maior está nos comunicados dos comitês de política monetária, especialmente lá fora. “O mercado já precifica um corte de juros nos EUA em setembro e investidores vão monitorar de perto possíveis falas que indiquem isso”, diz Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da Top Gain.
No Brasil, o risco é que as tarifas possam pressionar a inflação. “A expectativa é que a Selic fique neste patamar até o início do ano, salvo alguma mudança, porque o cenário externo está muito complexo e ainda muito indefinido. A atividade está começando a dar sinais de desaceleração, mas ainda continua alta, e o Banco Central está olhando tudo isso. O que sabemos é que não tem cenário ainda para diminuir os juros por aqui”, avalia Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
IFIX – resumo do dia 22/07/2025
- Fechamento: 3.440,95 pontos (-0,09%)
- Mínima: 3.439,28 (-0,14%)
- Máxima: 3.451,26 (+0,21%)
- Acumulado da semana: -0,69%
- Acumulado do mês: -1,23%
- Acumulado do ano: +10,42%
IRDM11 volta a subir após gestora retirar taxa
O fundo imobiliário IRDM11 voltou a subir, depois de registrar seis pregões seguidos de queda, e reverteu parte das perdas com a maior valorização do dia entre os componentes do IFIX: teve ganho de 2,85% e fechou a R$ 62,50. No acumulado do mês, ainda recua 9,29%.
A mudança de tendência veio após a Iridium anunciar, em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de segunda-feira (21), que mudaria o regulamento do IRIM11 para excluir a cobrança de taxa de performance. O IRIM11 é outro FII sob gestão da empresa que vai incorporar o IRDM11 após um processo que prevê emissões de cotas e aprovação via AGE.
A taxa de performance cobrada pelo IRIM11 era uma das principais queixas de investidores para rejeitar a proposta de fusão, que ainda não está em votação. O gestor dos fundos, Yannick Bergamo, participou de live com o head de FIIs da Suno, Marcos Baroni, para explicar a proposta e tirar dúvidas de investidores.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
O GARE11 também figurou entre as principais altas do dia: subiu 1,59% e terminou cotado a R$ 8,94. Na outra ponta, a maior queda ficou com o RBFF, de 1,96%, a R$ 51,51.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um FII como o IRDM11 leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, vale até o fim de agosto — no fim deste mês a B3 lança a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.