KISU11: Cotistas se organizam em grupo contra decisões da gestão; Saiba como entrar

KISU11: Cotistas se organizam em grupo contra decisões da gestão; Saiba como entrar
KISU11: Alguns cotistas se organizam em grupo contra decisões da gestão. Foto: Unsplash

Em meio à divergência de visão relativa às decisões tomadas pela gestão do KISU11, investidores decidiram se organizar em grupos para “discutir esta situação e buscar uma solução”. O questionamento de uma parcela dos cotistas é que a gestora do fundo imobiliário estaria tomando decisões com “conflitos de interesse”.

Os cotistas se uniram em grupo de Whatsapp chamado ‘KISU11 – Mudança Agora!’, que pode ser acessado pelo link https://chat.whatsapp.com/J3x4bBNdRro2EILs1Y6SFQ.

No entendimento de grupo de investidores do fundo imobiliário KISU11, a gestora Kilima estaria “fugindo da proposta inicial” de seguir o índice Suno 30.

Dados do site Status Invest apontam que a gestão do KISU11 chegou a realizar aportes em fundos imobiliários da própria casa.

O site indica que o KISU11 tem uma pequena alocação de R$ 68,8 mil no KIVO11, pertencente à gestora, mas que não faz parte do Suno 30. O site ainda indica que foi realizado um aporte de R$ 8 milhões no DPRO11, da Devant, que também não faz parte do índice. O FII da Devant investe R$ 3,7 milhões no KIVO11.

Foto: Reprodução/Status Invest

Conforme previsto em regulamento, o KISU11 deve aplicar, pelo menos, 80% de seu patrimônio em cotas de fundos imobiliários que integram o índice Suno 30. Os 20% restantes foram deixados para que a gestão ativa da Kilima buscasse superar o índice de referência.

Sendo assim, os aportes fora do índice não são irregulares. Contudo, os investidores questionam essas decisões tomadas pela gestão.

Investidores discutem impasse com KISU11

Em comentários postados no site Clube FII investidores criticam decisões recentes tomadas pela gestão do fundo.

DVFF11 (FOF da DEVANT) resolve entrar na emissão do novo fundo de Recebíveis da KILIMA (KIVO11). Na mesma época, KISU11 da KILIMA excepcionalmente resolve investir em um fundo que não passa nem perto do seu índice de referência (SUNO 30) para aproveitar fazer uma alocação pontual (DPRO11, o novo fundo da DEVANT)”, comentou um usuário.

Outra pessoa comentou que a gestão do KISU11 estaria “usando os recursos do fundo (e dos cotistas) para fazer aquele corporativismo tradicional entre gestores de FII’s fracos. e ter feito essa jogada com a Devant”.

Ainda teve outro usuário que chamou investidores do KISU11 para se unirem em uma rede social “para discutir esta situação e buscar uma solução”. Esse usuário alega que o gestor do KISU11 estaria atuando “em causa própria e com diversos conflitos de interesse”. Ainda segundo essa pessoa, “juntos, podemos buscar uma solução para este problema”.

Posicionamento do gestor do FII

Ao Clube FII, Arthur Moraes, sócio e diretor de educação e comunicação do site, entrevistou o gestor do KISU11, Eduardo Levy, para comentar esse questionamento feito por parte dos cotistas.

Segundo o gestor “todas as alocações que a gente tem são alocações pequenas. […] Não deixa de ser algo parecido e, muitas vezes, até menor do que os 3,33% que os 30 fundos do índice de referência apontariam. Então, são alocações marginais. Todos os fundos estão listados”.

Ele argumenta que “é natural, esse mercado não é tão grande. Ele tem esse número de grandes gestores que também alocam em outros gestores quando há oportunidades. Então, se eu disser para você: eu fiz alocação num gestor que também tem alocação em fundo meu, isso vai acontecer. E se alguém pegar o famoso ‘cherry picking’, vai achar vários”.

“Isso é até uma forma de diversificação para a carteira deles e, no nosso caso, é uma forma de criar valor”, complementa o gestor do KISU11.

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