RBRX11 fecha janeiro com R$ 1,59 mi de lucro e “aposta” em ganhos de capital no médio prazo

RBRX11 fecha janeiro com R$ 1,59 mi de lucro e “aposta” em ganhos de capital no médio prazo
fundo imobiliário RBRX11. Fonte:Pexels.

O fundo imobiliário RBRX11 encerrou janeiro com um resultado de R$ 1,59 milhão, mantendo sua estratégia de alocação em ativos descorrelacionados do mercado, segundo seu relatório gerencial mais recente. A gestora espera ganhos no médio prazo, podendo impactar nos dividendos, conforme o crescimento das reservas.

No período, o fundo RBRX11 distribuiu R$ 0,08 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de 14,9%, considerando o fechamento da cota no mês. O pagamento dos proventos será realizado em 21 de fevereiro, para os cotistas que estiveram posicionados até 14 de fevereiro.

Além disso, o FII encerrou o período com uma reserva de lucros de R$ 0,037 por cota, reforçando sua capacidade de sustentar distribuições futuras.

Segundo a gestora do RBRX11, janeiro foi um mês de elevada volatilidade no cenário macroeconômico, marcado por incertezas fiscais que pressionaram os mercados. O IFIX registrou queda de 3%, acumulando sua quinta retração mensal consecutiva.

“Apesar desse contexto desafiador, o mandato de Hedge Fund do RBRX11, com mais de 30% do portfólio alocado em deals oportunísticos e ilíquidos, garantiu um desempenho menos impactado pela turbulência do mercado”, afirma o FII em relatório.

RBRX11: projeções para dividendos e ativos

A administração do fundo projeta um aumento na distribuição de dividendos no médio prazo, conforme suas teses de investimento amadurecem e as reservas se fortalecem.

“Para o médio prazo, projetamos um aumento na distribuição de dividendos à medida que as teses ‘não mensais’ forem se maturando e, paralelamente, atingirmos níveis de reserva confortáveis que sustentem esse crescimento”, projeta a gestora.

Por sua vez, entre as movimentações recentes, destaca-se a venda da primeira unidade do empreendimento Kalea Jardins, operação que gerou um retorno de IPCA + 18% ao ano.

Atualmente, essa posição representa 7,5% do patrimônio líquido do fundo, com uma TIR potencial de 20% ao ano, e o ganho de capital total será distribuído ao longo do tempo, conforme novas vendas forem realizadas.

FII anunciou investimento em 11 projetos

Em dezembro, o RBRX11 anunciou um investimento de R$ 33 milhões em 11 projetos residenciais na cidade de São Paulo, que se encontram em diferentes estágios de maturação. 

Os projetos abrangem empreendimentos de alto padrão e econômicos, e o retorno esperado, segundo a RBR Asset, gestora do FII, está na faixa de IPCA + 18% a IPCA + 22% ao ano, a ser auferido por meio da devolução de capital pelos projetos a partir da venda das unidades. O valor do fluxo projetado representa 167% do investimento realizado.

A operação foi feita no formato equity e, segundo o fundo, “está em conformidade com a política de investimentos, que abrange ativos listados e privados, e com a estratégia da gestora de buscar retornos atrativos e agregar valor aos cotistas”. 

Perspectivas e estratégia do RBRX11

O RBRX11 segue focado em alocações em ativos premium, resilientes e com menor volatilidade, além de operações de crédito originadas dentro da RBR, garantindo um fluxo de caixa mais previsível.

A administração destaca que aproximadamente 35,5% do portfólio está investido em ativos que não geram fluxo de caixa mensal, mas que possuem potencial de retorno acima da média da indústria.

Desde sua criação, em junho de 2021, a rentabilidade ajustada (PL + dividendos) do fundo superou o IFIX em 56,9%, atingindo um desempenho 689,9% superior ao índice. As cotas do RBRX11 são negociadas na B3 desde junho de 2022, e em janeiro, o volume médio diário negociado foi de R$ 460,88 mil, demonstrando a liquidez crescente do fundo.

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foto: Vinícius Alves
Vinícius Alves
Jornalista

Jornalista formado na Faculdade Cásper Líbero. Com passagens pela Agência Estado e Editora Globo.

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