RBVA11 vende imóvel locado a restaurante com lucro de 28%; veja valores
RBVA11 vai receber valor em seis parcelas, com vencimento semestral, e imóvel será usado para incorporação.
O fundo imobiliário RBVA11 fechou a venda de um imóvel comercial ocupado pelo restaurante Coco Bambu, na região dos Jardins, em São Paulo, por R$ 30,2 milhões. O valor representa um lucro aproximado de 28%, ou R$ 6,621 milhões, equivalente a R$ 0,53 por cota.
O pagamento será feito em seis parcelas, com entrada de R$ 7,55 milhões, recebida pelo fundo nesta segunda-feira (5) de agosto de 2024, e o restante em cinco parcelas de R$ 4,53 milhões, com vencimento semestral e correção pela variação positiva do IPCA.
A venda, segundo a Rio Bravo, gestora do FII RBVA11, segue a estratégia de reciclagem de portfólio “em busca de oportunidades que gerem valor para o fundo e que consigam extrair bons ganhos de capital”. A transação ficou 14% acima do valor do laudo de avaliação e gerou uma taxa interna de retorno (TIR) de 8% ao ano.
“A venda foi concluída em um momento estratégico, com a extração de valor imobiliário na prática, ou seja, valor de venda inclusive acima da avaliação imobiliária recente do ativo”, afirma Alexandre Rodrigues, sócio e gestor de FIIs da Rio Bravo.
Em fato relevante, a gestão informa que segue manterá a estratégia de venda dos imóveis considerados menos estratégico para o fundo, mantendo em carteira ativos considerados core para o varejo e para a sua estratégia de portfólio. “Desde o início da estratégia de reciclagem de portfólio, já foram vendidos R$ 210 milhões em imóveis, com ganho de capital de R$ 65 milhões”, diz o texto.
RBVA11: mudança na lei de zoneamento impactou venda
A venda foi realizada de forma estratégica em razão da valorização do Imóvel, localizado na rua Haddock Lobo, no quarteirão entre as ruas Oscar Freire e Estados Unidos, e vendido para incorporação.
A aquisição foi feita em 2019, quando o local era classificado como Zona Mista e permitia prédios de 28 metros, equivalente a nove andares. No ano passado, uma revisão da Lei de Zoneamento transformou a região em Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana, que permite empreendimentos maiores, sem limite de altura.
“Isso deixou o imóvel mais atraente para empresas de desenvolvimento imobiliário, principalmente residencial, já que se situa em uma das regiões mais nobres de São Paulo, com potencial de incorporação que se engloba na precificação.
“A estratégia do RBVA11 de adquirir imóveis em locais únicos e de alto valor agregado provou ser eficaz, oferecendo tanto resiliência de renda, quanto potencial de ganhos significativos através de vendas estratégicas”, conclui Alexandre Rodrigues.