RECR11 paga dividendos de 139% do CDI, mesmo com recuo nos lucros

RECR11 reportou lucro líquido de R$ 27,88 milhões em maio, redução frente aos R$ 35,98 milhões registrados no mês anterior.

RECR11 paga dividendos de 139% do CDI, mesmo com recuo nos lucros
RECR11 reportou resultados de maio - Foto: iStock

O fundo imobiliário RECR11 reportou um lucro líquido de R$ 27,88 milhões em maio, conforme apuração sob regime de caixa. O resultado representa uma redução frente aos R$ 35,98 milhões registrados no mês anterior. Essa diminuição impacta diretamente a distribuição de dividendos, que totalizou R$ 27,87 milhões, equivalente a R$ 1,0543 por cota — o menor valor dos últimos três meses.

Ao final de maio, a cota do RECR11 fechou com a cotação de R$ 85,68, o que gera um dividend yield mensal de aproximadamente 1,23%. Anualmente, esse retorno ajustado é de cerca de 14,77%, percentual que supera em 39% o CDI líquido de tributos. Essa rentabilidade é consequência, em grande parte, da forte ligação da carteira do fundo ao IPCA, com aproximadamente 86% dos ativos atrelados à inflação. Assim, os rendimentos de maio refletem a inflação registrada nos meses de março e abril.

A receita total do fundo, de R$ 31,88 milhões, foi impulsionada principalmente por rendimentos provenientes de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e cotas de outros fundos imobiliários. As despesas operacionais do período somaram R$ 2,81 milhões. Quanto à composição da carteira, aproximadamente 95% dos recursos estavam investidos ao final do mês. O portfólio incluía 100 operações de CRIs e cinco fundos imobiliários, demonstrando forte concentração e diversificação dos ativos.

Nos últimos doze meses, o RECR11 distribuiu um total de R$ 11,74 por cota. Desde o encerramento da oferta pública inicial, em dezembro de 2017, o fundo acumulou um retorno total de 137,3% sobre uma cota de R$ 100, índice que supera em mais do que o dobro o desempenho do CDI líquido, de 68,3% no mesmo período.

Novas aquisições de CRIs pelo RECR11

Durante maio, o fundo realizou aquisições estratégicas de novos títulos de CRIs, orientadas pelo seu consultor de investimentos. Entre as principais compras estão o CRI Crediblue, emitido pela Vert Securitizadora, no valor de R$ 21,49 milhões, com remuneração atrelada à inflação (IPCA) mais 9% ao ano. Também foi adquirida a CRI Matarazzo Retail IV, da Opea Securitizadora, por R$ 10,45 milhões, que oferece rendimento baseado no CDI mais 4,95%.

Além dessas, o portfólio recebeu novas cotas de CRIs VIC 5 e Ditolvo, emitidos pela Provincia Securitizadora, com volumes de R$ 5,17 milhões e R$ 2,56 milhões, respectivamente, ambos remunerados pelo IPCA acrescido de 10% a 10,5%. Finalizando as aquisições, o fundo investiu R$ 1,2 milhão em cotas do CRI São Benedito 2, emitido pela Bari Securitizadora, com remuneração de CDI mais 3% ao ano.

Essas movimentações indicam uma estratégia de diversificação e reforço na rentabilidade do RECR11, com foco na alocação em títulos indexados à inflação e à inflação com spread adicional, buscando maximizar os retornos ajustados ao risco.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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