SNFF11 fecha entre maiores altas e alcança maior valor em dois meses após ampliar dividendos
Dividendos do SNFF11 têm projeção de ampliar proventos para intervalo de R$ 0,90 a R$ 1,10 por cota, mais altos que nos últimos meses.
O Suno Fundo de Fundos (SNFF11) ficou entre as principais altas do dia no pregão de fundos imobiliários desta segunda-feira (25) e alcançou seu fechamento mais alto em mais de dois meses, em R$ 87,35, no primeiro dia de negociações depois de anunciar um novo guidance para maior distribuição de dividendos nos próximos meses.
O fundo subiu 1,88% em relação à véspera, com seu maior fechamento desde 15 de janeiro, quando encerrou o pregão negociado a R$ 88,69 por cota. Naquele dia, o fundo anunciou distribuição de proventos no valor de R$ 0,65 por cota.
Depois de pagar dividendos de R$ 0,69 por cota em fevereiro, referente a janeiro, e R$ 0,72 em março, devido aos aos resultados de fevereiro, o FII SNFF11 anunciou agora que o guidance para o restante do primeiro semestre de 2024 ficará no intervalo entre R$ 0,90 e R$ 1,10 por cota, atualizando a projeção anterior, entre R$ 0,68 e R$ 0,72.
“O guidance previamente informado era bastante conservador e levava em conta apenas as receitas recorrentes projetadas do fundo, sem a utilização da reserva acumulada ou projeção de ganho de capital não recorrente, podendo ser revisado caso a equipe de gestão optasse por assim fazê-lo nos próximos meses”, disse a equipe no relatório divulgado na última sexta-feira.
O fundo imobiliário SNFF11 conta hoje com mais de 29 mil cotistas e conseguiu realizar um ganho de capital expressivo nos últimos dois meses, alcançando uma reserva acumulada de R$ 1,58 por cota.
“O fundo pode manter a previsibilidade e a atratividade nas distribuições, minimizando o impacto negativo potencial caso passemos por um cenário de mudanças nas expectativas, principalmente tratando-se do ambiente macroeconômico”, completa o texto dos gestores no relatório.
SNFF11: resultado positivo de R$ 2,525 milhões em fevereiro
O fundo SNFF11 é um fundo de fundos, ou seja, sua operação primordial é a compra e venda de cotas de outros FIIs, tanto no mercado secundário da B3, aproveitando boas oportunidades para ganho de capital, além de renda recorrente a partir dos dividendos pagos pelos fundos.
Em fevereiro, o FII obteve um resultado caixa de R$ 2,525 milhões, fruto de receitas de R$ 2,690 milhões e despesas de R$ 165 mil. As receitas recorrentes, fruto dos rendimentos das cotas de outros fundos imobiliários, ficaram em R$ 1,785 milhão, enquanto o ganho de capital líquido, já descontado o imposto de renda, ficou em R$ 863 milhões.
Nos últimos meses, de olho no aumento dos dividendos do SNFF11, a gestão realizou diversas vendas com ganho de capital e geração de liquidez entre fundos como MALL11, HGLG11, SNEL11, VISC11, TRXF11, GGRC11 e ALZR11.
Além disso, foram vendidas no mercado secundário cotas do BTLG11 e do CPSH11 para compra de novos papéis dentro dos processos de emissão, por meio de uma estratégia de arbitragem, de forma a manter a posição nos dois fundos. Outra emissão do qual o SNFF11 participou foi do RBHG11, que vem sendo realizada com desconto em relação ao preço de mercado, o que pode indicar uma possibilidade de realização de lucro em curto prazo.
Outras alocações feitas no mercado secundário foram no SNLG11, devido ao preço atrativo, e nos fundos MORC11 e BLMC11, visando ganhos com a incorporação destes ativos no RVBI11, que deve ser consolidada até o fim deste mês de março.
Com patrimônio líquido de R$ 264.557.315,35 em 29 de fevereiro, o equivalente a R$ 93,48 por cota, o SNFF11 se mantém sendo negociado com deságio mesmo com a alta de hoje, numa relação P/VP de 93,4%. O próximo anúncio de dividendos, referente aos resultados de março, será feito em 15 de abril.