VGIP11 investe ativamente em CRIs pelo IPCA após emissão de cotas
O VGIP11 divulgou relatório gerencial de fevereiro de 2020, dando conta das principais medidas da gestão, que se mostrou ativa no início do ano.
Nesse contexto, o fundo tem como objetivo o investimento preponderante em Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI, conforme critérios de elegibilidade definidos na política de investimento.
Alocações
O VGIP11 encerrou o mês de fevereiro de 2021 com 97% de seu patrimônio líquido alocado em CRI, distribuídos em 23 diferentes operações, num total investido de R$321,5 milhões.
Assim, os demais recursos estavam investidos em instrumentos de caixa.
Durante o mês de fevereiro, o fundo adquiriu um total de R$56,9 milhões em CRI, sendo R$9,1 milhões em tranches adicionais de operações existentes e R$47,8 milhões em novos CRI.
Dessa forma, foram investidos:
- R$4,2 milhões adicionais no CRI Francisco Leitão 14S;
- R$4,2 milhões adicionais no CRI Francisco Leitão 15S;
- R$781 mil adicionais no CRI Carinás;
Além disso, foram investidos também:
- R$33 milhões no CRI Raposo Shopping com cupom de IPCA + 6,20% ao ano;
- R$14,8 milhões no CRI Tecnisa 175S com cupom de IPCA + 5,94% ao ano e rating AA- pela S&P;
Por fim, com essas aquisições e os demais movimentos feitos no início do mês de março, a gestão terminou a alocação da totalidade dos recursos provenientes da 3ª emissão de cotas, liquidada no início de janeiro.
Eventos subsequentes
Além do mais, e para melhor vislumbre da situação geral do fundo, no início do mês de março, o fundo adquiriu R$23 milhões do CRI Manhattan 196S com cupom de IPCA + 12% ao ano.
Assim, para liberar recursos para essa aquisição, o fundo vendeu a totalidade de seus CRI indexados ao CDI – CRI Nova Barueri e CRI Alfa Realty – no valor de R$5,7 milhões, além de:
- R$3,1 milhões do CRI Francisco Leitão 14S;
- R$3,1 milhões do CRI Francisco Leitão 15S;
- R$2,8 milhões do CRI AMF Saúde;
Com esses movimentos, o fundo encontra-se praticamente 100% alocado.
Além disso, o VGIP11 zerou sua exposição a CDI e possui aproximadamente 97% de seus ativos vinculados ao IPCA.
Essa organização de recursos, por sua vez, se alinha à visão de que ativos vinculados ao IGP-M podem sofrer uma eventual pressão de crédito decorrente do descolamento do índice ao longo do último semestre de 2020.
Rentabilidade do VGIP11
Nesse contexto, a distribuição de rendimentos do fundo referentes ao mês de fevereiro de 2021 será de R$1,15 por cota.
Desde o início do fundo, em 17 de março do ano passado, a distribuição de rendimentos acumulada é de R$10,85 por cota.
Desse modo, o cálculo é equivalente a IPCA + 7,7% ao ano com base no valor da cota patrimonial.
Essa rentabilidade equivalente foi calculada com base na variação acumulada do IPCA com defasagem de 2 meses, ou seja, no período entre janeiro e dezembro de 2020.
Cumpre destacar que essa defasagem é a mesma utilizada na remuneração da vasta maioria dos CRI.
O VGIP11 e a Covid-19
Em relação ao recrudescimento da pandemia da Covid-19, a gestão pretende manter o monitoramento das operações.
Isso porque o cenário levou governos de vários estados a aumentar as restrições de circulação, comércio e serviços.
Assim, as medidas devem trazer impacto na recuperação econômica, com reflexos em todos os setores.
De qualquer forma, alguns segmentos do mercado imobiliário, principalmente residencial e logístico, continuam resilientes frente a esse cenário.
No que se refere às negociações do VGIP11, todos os contratantes se mantêm em dia com suas obrigações e, na visão da gestão, a carteira do fundo permanece saudável.
Por último, o número de cotistas do fundo aumentou para 20.575 no final do mês de fevereiro, com liquidez média diária de R$2,76 milhões.
O gráfico abaixo ilustra a liquidez do fundo.
Assim, o resultado representa 35,4% de crescimento do VGIP11 em relação a janeiro de 2020, o que corrobora a perspectiva da gestão frente à situação atual.