RBVA11 tem queda no lucro em agosto e projeta reciclagem do portfólio
O fundo imobiliário RBVA11 encerrou agosto com resultado menor que julho, mas gestão registra avanços em vendas e locações.


O fundo imobiliário RBVA11 encerrou agosto com um lucro de R$ 10,205 milhões, representando uma queda em relação aos R$ 12,495 milhões registrados em julho. O destaque do mês ficou para o resultado imobiliário, que somou R$ 14,312 milhões, representando a maior parcela do lucro.

O resultado financeiro do fundo foi negativo, com receitas de R$ 1,8 milhão, afetadas por despesas financeiras de R$ 2,307 milhões. Essas despesas incluem juros e custos relacionados às operações de captação de recursos.
A Rio Bravo, gestora do RBVA11, decidiu distribuir R$ 14,053 milhões em proventos aos cotistas, o que equivale a aproximadamente R$ 0,09 por cota. Essa distribuição considera o resultado do mês e a política de dividendos do fundo, que visa remunerar os investidores de forma consistente.
Progresso em locações e vendas do RBVA11
De acordo com o relatório mensal mais recente, o RBVA11 avançou significativamente nas negociações de locação e na reciclagem do portfólio. Atualmente, o fundo negocia a venda de cinco imóveis localizados em São Paulo e Rio de Janeiro.
Uma dessas propriedades está em fase de incorporação imobiliária, uma estratégia que busca valorizar ativos bem localizados, especialmente em áreas com potencial de revisão de zoneamento. O histórico de vendas do fundo inclui a venda do imóvel na Rua Haddock Lobo, em São Paulo, ao final de 2024, após mudanças no zoneamento, que permitiram uma valorização do terreno de quase R$ 70 mil por metro quadrado.
As negociações atuais estão em estágio avançado, podendo gerar até R$ 114 milhões em vendas, com um lucro estimado de aproximadamente R$ 19,9 milhões.
No segmento de locações, o fundo tem obtido resultados positivos. Recentemente, ocorreram visitas em imóveis de Recife (PE), Curitiba (PR) e em São Paulo, no imóvel Olivetti. As negociações dessas unidades evoluíram para etapas contratuais e de diligência documental, com expectativa de concluir três novos contratos ainda neste ano. Está prevista a locação para setores de serviços públicos, contabilidade e alimentação.
As últimas locações firmadas incluem contratos com academias, como a Ultra Academia, no imóvel da Berrini, em São Paulo. Essas estratégias de locação têm contribuído para manter a receita do fundo, além da venda de ativos, consolidando uma gestão focada na geração de caixa.
Ao final de agosto, o caixa do RBVA11 totalizava R$ 38,1 milhões. Essa reserva é considerada suficiente pela gestão para cumprir obrigações financeiras, incluindo a amortização de dívidas e o pagamento da última parcela pela aquisição de ativos, prevista para o último trimestre de 2025.