Quais são as perspectivas dos fundos imobiliários para 2023?

Quais são as perspectivas dos fundos imobiliários para 2023?
O que a inflação representa para os fundos imobiliários? Saiba mais. Foto: Unsplash

Em meio ao contexto atual de incertezas, muitos investidores se perguntam sobre o cenário para os fundos imobiliários em 2023. Para responder a essa questão, o Professor Baroni, VP de fundos imobiliários da Suno Research, abordou as perspectivas para os FIIs neste novo ano.

Segundo o especialista, atualmente, a grande vantagem dos fundos imobiliários de papel é que eles “aceitam o desaforo pelo desconto que têm”. Baroni comenta que, implicitamente, esse tipo de FII está negociando com taxas reais bastante atrativas “e aceita bastante desaforo por ser um ativo resiliente, e a história já mostrou isso”.

O especialista afirma que, mesmo em cenário de juros e inflação “orbitando fora das metas”, os fundos imobiliários de papel conseguem entregar um resultado real “satisfatório”.

Na visão dele, esses fundos já negociam a múltiplos “extremamente razoáveis e favoráveis, com uma margem de segurança bastante significativa para um cenário desafiador em 2023”.

De acordo com o Professor Baroni, ao considerar que se terá uma inflação “acomodada” por questões mundiais, isso fará com que, em algum momento, os juros possam cair, mas “talvez não na velocidade e intensidade que gostaríamos”.

De qualquer modo, o especialista não espera que os juros aumentando mais de 50%, assim como aconteceu no fim de 2021 para hoje, por exemplo.

Baroni observa um movimento mais de queda dos juros para os próximos 12 meses. “Isso, invariavelmente, vai começar a destravar um valor em fundos imobiliários imenso”, comenta.

Isso “porque se você coloca lupa nos fundos de recebíveis, as taxas médias estão melhores, negociam com descontos patrimoniais. Os gestores têm portfólios muito mais robustos, que podem fazer uma gestão ativa”, argumenta.

Perspectivas para os fundos imobiliários de tijolo

No caso dos fundos imobiliários de tijolo, o especialista comenta que a perspectiva varia conforme o caso.

Segundo Baroni, por exemplo, as lajes corporativas, “embora tenham descontos absurdos, gigantescos de valores patrimoniais, há fundos alavancados, fundos em que o gestor não está tão disposto a vender os ativos”.

As lajes corporativas

O Professor Baroni comenta que o mercado de lajes corporativas é bastante sensível à economia. O motivo é que “as empresas reduzem muito rápido, se precisar, e demoram muito para ampliar”.

Diante do aspecto deste tipo de fundos imobiliários, o especialista afirma que “laje corporativa sempre tem que ter muito cuidado na escolha dos ativos, na composição da carteira e na estrutura de capital do fundo”.  

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foto: Silvio Suehiro
Silvio Suehiro

Redator freelancer, com experiência na produção de notícias e artigos para as áreas de economia, finanças e investimentos. Graduado em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), e pós-graduado em Produção Audiovisual Multiplataforma pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM).

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