FII cai mais de 3% na semana após ficar fora de prévia da carteira teórica do IFIX
FII teve forte queda depois de não figurar na segunda prévia; carteira teórica para a contar com 111 fundos imobiliários, segundo a B3.
O FII XPPR11 acumulou 3,78% de queda em sua cotação ao longo da semana, fechando o pregão desta sexta-feira (19) em R$ 21,65, seu valor mais baixo em mais de dois meses, apenas alguns dias depois de ter sido retirado da segunda prévia da carteira teórica do IFIX para os meses de maio a agosto.
O anúncio foi feito na terça-feira (16) pela B3. A segunda prévia tem 111 fundos imobiliários, um a mais que a primeira prévia, anunciada no começo de abril, com a inclusão de mais dois FIIs:
- CLIN11: fundo de papel (recebíveis) sob gestão da Clave Capital com patrimônio líquido (PL) de R$ 433,2 milhões (R$ 99,67 por cota)) e 9.896 cotistas;
- RBVI11: fundo multiestratégia sob gestão da VBI Asset com R$ 876,3 milhões de PL (R$ 85,28 por cota) após concluir a incorporação dos ativos dos FIIS BLMR11, BLMC11, MORE11 e MORC11, que foram liquidados no mês passado.
O XPPR11, por sua vez, é um fundo de lajes corporativas com PL de cerca de R$ 475,3 milhões, ou R$ 64,98 por cota, o que representa uma relação P/VP de 33,3%. Esse valor, contudo, deve ser reduzido nos próximos meses, assim que se concretizar a venda do Faria Lima Plaza ao CPOF11 por R$ 373,1 milhões, sendo que a maior parte do valor, cerca de R$ 314 milhões, será destinado para a quitação de dívidas.
O FII XPPR11 já vem pagando dividendos baixos, de R$ 0,07 por cota, um dividend yield anualizado de 3,4%, mesmo diante de um forte deságio. E analistas questionam como ficará a rentabilidade do fundo após a venda de um de seus três imóveis, cujo impacto ainda não foi projetado oficialmente pela gestão.
Em março, o FII teve liquidez média de R$ 498,7 mil por dia, com pouco mais de 20 mil cotas trocando de propriedade a cada pregão, de acordo com dados da Economática, empresa do grupo TC.
A nova carteira teórica do IFIX valerá entre os pregões de 2 de maio a 31 de agosto, e será informada pouco antes de seu primeiro pregão. No dia 30 de abril, antes do último dia útil de negociações, a B3 divulgará a última prévia. A Bolsa diz que as prévias servem para que os investidores possam fazer ajustes em suas carteiras ao longo do mês, com compras e vendas de ativos, sem causar tanta oscilação nos preços dos FIIs.