FIIs voltam a recuar e IFIX abre em queda a última semana de maio
Mercado de FIIs segue em oscilação diante da incerteza dos juros futuros, mas alguns fundos seguem com valorização.
O mercado de fundos imobiliários (FIIs) retomou no pregão desta segunda-feira (27) o cenário de queda apresentado ao longo da semana passada e interrompido apenas na sexta-feira. O IFIX fechou em queda de 0,12%, em 3.374,83 pontos.
Durante o pregão, o índice de FIIs oscilou da máxima de 3.381,02 pontos, logo após a abertura, até a mínima de de 3.372,91, pouco antes do fechamento das operações. A tendência, para alguns especialistas, é que o mercado volte a se aquecer nos próximos dias, especialmente na sexta-feira (31), dia marcado pelo anúncio de dividendos por muitos fundos.
No mês de maio, o IFIX acumula resultado negativo de 0,21%, a segunda queda consecutiva, após uma série de altas entre janeiro e março. No acumulado do ano, a variação positiva é de 1,83%.
A instabilidade do principal índice do mercado de FIIs nas últimas semanas, segundo analistas, se deve à abertura na curva de juros futuros iniciada em meados de abril e sinalizada pelos títulos NTN-B do Tesouro Direto, papeis atrelados ao IPCA com vencimento em 2035, que vêm sendo negociados com spreads acima de 6%.
Esses rendimentos acabam reduzindo a atratividade dos investimentos em renda variável, no qual se inclui o mercado de fundos imobiliários, e mantendo as alocações mais direcionadas para a renda fixa.
FIIs: altas e baixas do dia
Entre as principais oscilações do dia, o FII BCIA11 registrou alta de 1,93%, negociado a R$ 107,18 no fim do pregão. O TVRI11 avançou 1,89%, a R$ 104,69, e o VGIP11 teve valorização de 1,72%, cotado a R$ 91,24.
Na outra ponta, o NCHB11 teve a maior desvalorização, de 3,24%, cotado a R$ 9,25 no encerramento das negociações. O SPXS11 teve queda de 1,95%, a R$ 9,56, enquanto o CPFF11 caiu 1,57%, negociado a R$ 77,61 por cota.
O MXRF11, mais popular dos FIIs, liderou o volume de negociações do dia, com pouco mais de 1 milhão de cotas vendidas. O CPTS11 teve 977 mil cotas com nova propriedade, e o BTCI11 teve 848 mil papeis mudando de titularidade ao longo do pregão.