VRTA11 tem lucro 33% maior e mantém caixa “turbinado”; veja valores
O fundo imobiliário VRTA11 teve um lucro 33% maior e ainda manteve um caixa “turbinado” para investimentos e dividendos.
O fundo imobiliário VRTA11 reportou um resultado de R$ 13,256 milhões em novembro, que foi obtido a partir de um faturamento total de R$ 14,595 milhões. Já as despesas somaram R$ 1,339 milhão. O resultado mensal ficou 33% acima do mês anterior.
Diante do resultado, os dividendos do VRTA11 foram de R$ 0,80 por cota, cuja distribuição aconteceu no dia 13 de dezembro de 2024. A partir disso, o fundo mantém uma reserva de R$ 0,29 por cota para cobrir obrigações futuras e complementar os dividendos mensais.
O VRTA11 encerrou o mês com R$ 35,4 milhões em caixa, o que corresponde a 2,5% de seu patrimônio líquido. Esses recursos serão destinados ao pagamento de dividendos e à alocação de novos CRIs do pipeline do fundo, que conta com quatro ativos em fase final de análise, somando mais de R$ 130 milhões.
A inflação também influenciou no desempenho do mercado de recebíveis imobiliários. O IPCA de outubro, divulgado em novembro, foi de 0,56%, indicando aceleração em relação ao mês anterior. Essa variação impacta os CRIs indexados ao índice, que apresentam um efeito defasado de 2 a 3 meses.
Além disso, o contexto econômico recente trouxe uma elevação da taxa básica de juros (Selic). Após dois aumentos de 0,75% em setembro e novembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu por mais uma alta em dezembro, elevando a Selic para 12,25% ao ano.
Segundo a gestão do FII VRTA11, essa mudança é importante para o mercado de fundos imobiliários, uma vez que existe relação entre a mudança da Selic e o desempenho dos FIIs. Taxas de juros mais baixas tornam os fundos imobiliários mais atrativos para os investidores, o que pode impulsionar a expansão desse mercado.
Movimentações da carteira do VRTA11
Em novembro, o VRTA11 registrou algumas movimentações importantes em sua carteira, com destaque para a aquisição do CRI Dal Pozzo, no valor de R$ 10 milhões, e que conta com uma remuneração de CDI+5,53% ao ano. 7
Além disso, o fundo imobiliário VRTA11 ampliou sua posição no CRI Arteris em R$ 1,3 milhão, ao mesmo tempo que reduziu sua exposição ao CRI Jardim das Angélicas em R$ 100 mil.
Outro destaque recente é o CRI BR Distribuidora I, que desde abril não realiza os pagamentos devidos. Para lidar com essa inadimplência, foi registrado 100% de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) no ativo.
A situação foi agravada pela disputa judicial em curso, que em agosto levou à marcação desse CRI para apenas 25% do valor de mercado, o que representa aproximadamente R$ 300 mil ou 0,02% do patrimônio líquido (PL) do fundo. Segundo o VRTA11, todas as medidas necessárias para resolver o caso e recuperar os pagamentos estão em andamento.