Mercado de FIIs recua quase 1% e IFIX fecha no pior resultado de 2025
IFIX desceu abaixo de 3.100 pontos pela primeira vez no ano e volta a ser pressionado pelo cenário de alta iminente da Selic.
O mercado de fundos imobiliários teve seu pior dia do ano até agora no pregão desta quarta-feira (8). O IFIX, principal índice do setor, caiu 0,94% e fechou em 3.085,52 pontos, pior resultado do ano até agora.
É também a primeira vez desde 26 de dezembro que o índice de FIIs cai abaixo dos 3.100 pontos, depois de um rali que tirou o IFIX de seu pior momento no ano – em 19 de dezembro, havia fechado abaixo de 2.900 pontos, e subiu mais de 8% na semana entre o Natal e o Ano Novo.
No pregão desta quarta, dia marcado também por queda do Ibovespa, o IFIX até subiu nos primeiros minutos do dia, batendo na máxima de 3.121,95 às 10h15. Antes das 11h, porém, o índice entrou em patamar negativo e permaneceu estável entre 12h e 14h, na casa dos 3.100 pontos, para um novo recuo à tarde, até o fechamento pouco acima da mínima, de 3.084,12 pontos.
Daqui a três semanas, em 29 de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerra sua primeira reunião do ano, em que deve aumentar a Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano. A tendência é que o mercado de FIIs siga com suas cotações pressionadas até ajustar novamente sua precificação.
IFIX cai quase 1% confira altas e baixas
Dois FIIs de shopping ocuparam as posições extremas entre as altas e baixas do pregão. O GZIT11 fechou com a maior valorização do dia, de 2,47%, com fechamento em R$ 45,70, enquanto o BBIG11 sofreu a principal queda, de 4,38%, cotado em R$ 7,65.
No dia seguinte a um volume de negociações acima da média, o CPTS11 voltou ao patamar normal, de 1,3 milhão de cotas vendidas por dia, e fechou em alta de 0,74%, cotado a R$ 6,82. O MRXF11 caiu 0,21%, após duas altas seguidas na semana, e fechou em R$ 9,42.
O IFIX é o principal índice do mercado de fundos imobiliários. Sua carteira teórica conta com 117 FIIs de todos os segmentos, selecionados pela B3 a partir de indicadores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas, entre outros fatores. A atual formação da carteira foi anunciada na segunda-feira (6) e vai até o fim de abril.
