Fundo imobiliário a R$ 9? Entenda como será o desdobramento do RBVA11

Fundo imobiliário RBVA11 vai realizar desdobramento de cotas a partir do pregão de sexta-feira (9), em busca de maior liquidez.

Fundo imobiliário a R$ 9? Entenda como será o desdobramento do RBVA11
RBVA11 adquiriu imóveis educacionais do RBED11 - Foto: Divulgação

O fundo imobiliário RBVA11 vai realizar o desdobramento das cotas na proporção de 1:10 ao fim do pregão desta quinta-feira (8). O objetivo da decisão é ampliar a liquidez do fundo, a partir da maior facilidade de acesso devido ao preço unitário mais baixo.

Com o desdobramento, cada cota atual será dividida em 10 novas cotas, e o número total passará de 15.614.305 para 156.143.050. O preço de mercado também será dividido por 10, assim como o valor patrimonial por cota (VPC), sem influência no patrimônio do investidor.

Exemplo concreto: o RBVA11 encerrou o pregão desta terça-feira (6) a R$ 86,82. Se o desdobramento tivesse começado agora, o preço de mercado passaria a R$ 8,68. Já o patrimônio líquido segue em R$ 1,663 bilhão, segundo a última atualização, com data base de 31 de março — a partir de sexta-feira (9) o equivalente a R$ 10,65 por cota.

Segundo a Rio Bravo, gestora do RBVA11, a decisão reforça um movimento crescente no mercado de fundos imobiliários, de democratizar o acesso ao ativo e ampliar a liquidez no mercado secundário. Os chamados “fundos de base 10”, com valores unitários próximos a R$ 10, costumam ter maior volume de negociação na B3.

“A chamada ‘quebra’ do valor por cota permite entradas com tíquetes menores, tornando o fundo mais acessível especialmente para o investidor pessoa física. É uma iniciativa alinhada com o movimento de popularização dos FIIs na B3, que vem ganhando força nos últimos anos”, explica Alexandre Rodrigues, sócio da Rio Bravo e gestor do fundo.

A gestora diz que as novas cotas serão creditadas a partir de 13 de maio, e que o custo médio também será ajustado proporcionalmente. A expectativa é de que o RBVA11 fortaleça sua presença entre os fundos de maior circulação na B3 após a operação. Em abril, o fundo teve liquidez de R$ 34,296 milhões, com cerca de 409 mil cotas negociadas, segundo dados da Economatica.

Fundo imobiliário RBVA11: conheça mais sobre a atuação

O fundo imobiliário RBVA11 conta hoje com um portfólio de 83 imóveis, entre prédios para varejo, agências bancárias e instituições de ensino, os últimos depois da aquisição do portfólio do RBED11, FII que a Rio Bravo havia criado para investir exclusivamente no setor e foi liquidado no primeiro trimestre. 

Eles estão locados a 17 diferentes inquilinos, com área bruta locável (ABL) total de 302.160 metros quadrados. A Caixa Econômica Federal é hoje a principal locatária, seguida por Santander e GPA – Grupo Pão de Açúcar. 

A gestão vem atuando em busca de reciclagem no portfólio, com alguns imóveis ocupados pelo Santander em processo de desocupação. Para o primeiro semestre de 2025, o RBVA11 deve deverá reportar um resultado recorrente de R$ 0,80 por cota, mas o guidance de dividendos segue em R$ 0,90 por cota, como distribuído nos últimos meses, devido à estratégia comercial de ganho de capital através de vendas oportunísticas.

Os dividendos do fundo imobiliário RBVA11 também mudarão proporcionalmente após o desdobramento, passando a R$ 0,09 por cota se a estratégia e o guidance foram mantidos. O pagamento deste mês, no entanto, já está definido: será no próximo dia 15, de acordo com a posição dos investidores ao fim do pregão de 30 de abril.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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