TRXF11, VGIR11 e mercado de FI-Infra estão entre destaques do Bom Dia FIIs (19/5)


Os fundos imobiliários TRXF11, VGIR11 e HGBS11 e uma análise do mercado de FI-Infra estão entre os destaques desta segunda-feira (19), primeiro pregão após a nova máxima histórica obtida pelo mercado de FIIs.

Na sexta-feira (16), o IFIX fechou em 3.439,07 pontos, alta de 0,47% em relação ao resultado da véspera e 0,44% acima do recorde anterior, de 3.423,95 pontos, que havia sido registrado em 12 de abril do ano passado.
Durante o dia, o mercado mais uma vez operou o tempo todo em patamar positivo e fechou em sua cotação máxima. Desde o início do ano, o principal índice do mercado de FIIs acumula mais de 10% de valorização.
O principal desafio agora é manter o viés positivo num cenário macroeconômico desfavorável, com a Selic em 14,75% e o cenário de juros futuros ainda instável, com temor sobre o risco fiscal e ainda de olho nos possíveis impactos das negociações de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
FI-Infra mantêm bom desempenho em cenário de juros elevados
Num ambiente de juros elevados, os fundos de infraestrutura (FI-Infra) seguem apresentando resultados robustos e se mostram uma alternativa atrativa de investimento para quem busca diversificação e retorno real acima da inflação.
Ricardo Colin, head de Crédito Privado da Drýs Capital, gestora do INFB11, explica que os efeitos da alta da taxa básica de juros variam de acordo com o tipo de exposição de cada fundo. Nos fundos de debêntures que operam com hedge, as oscilações nas taxas tendem a ter pouco ou nenhum impacto no valor das cotas. Já nos fundos mais expostos ao IMA-B5, a alta inesperada de juros pode afetar negativamente o desempenho no curto prazo.
No entanto, segundo Colin, esse efeito pode ser compensado por outros fatores, como “movimentos de alta da inflação corrente, queda nos prêmios de crédito ou por um posicionamento mais conservador da gestão, com redução da duration”.
Um exemplo da resiliência desses ativos foi visto no primeiro trimestre de 2025. Enquanto o CDI rendeu 2,1% no período, o IMA-B5 teve desempenho de 3,1%, impulsionado pela alta acumulada de 2% do IPCA — o que, por si só, fez com que a parcela “IPCA+” dos ativos rendesse quase o equivalente ao CDI.
VGIR11 paga dividendos de CDI + 2,4% e fatura R$ 21,3 milhões
O fundo imobiliário VGIR11 apresentou um lucro de R$ 18,969 milhões em abril. Esse resultado representa um avanço frente ao ganho de R$ 17,638 milhões verificado em março.
O crescimento foi impulsionado por uma receita total de R$ 21,344 milhões, e permitirá a distribuição de R$ 17,532 milhões em dividendos em maio, com pagamento de R$ 0,12 por cota nesta terça-feira (20).
O valor implica uma rentabilidade líquida anual de CDI + 2,4%, considerando o valor da cota patrimonial no fim de março. No acumulado de 12 meses, os dividendos do VGIR11 somam R$ 1,30 por cota, o que equivale a uma rentabilidade líquida anual de CDI + 2,6%.
No encerramento de abril, o VGIR11 apresentava 105,8% de seu patrimônio líquido alocado em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Esses recursos estavam distribuídos em 61 diferentes operações, com um volume total investido de R$ 1,488 bilhão.
HGBS11 lucra R$ 15,54 milhões; dividendos se mantêm em R$ 1,60 por cota
O fundo imobiliário HGBS11 apresentou em abril um resultado líquido de R$ 15,54 milhões. Esse valor veio totalmente das operações imobiliárias do fundo, já que não houve ganhos adicionais provenientes de atividades financeiras no período.
Esse valor foi suficiente para manter a distribuição de dividendos no patamar de R$ 1,60, com pagamento no último dia 15. O dividend yield mensal ficou em 0,81%, considerando o fechamento em 30 de abril a R$ 197,40.
A Hedge, gestora do fundo, informou que as premissas de projeção de resultados permitem preservar o guidance de dividendos até o fim do primeiro semestre de 2025 — agora em R$ 0,16 por cota, considerando o desdobramento de cotas válido desde a semana passada, que levou o preço de mercado do FII para a casa de R$ 20 por cota.
TRXF11 conclui venda de loja locada na Grande SP por R$ 31 milhões
O fundo imobiliário TRXF11 concluiu a venda de um imóvel de varejo localizado em Santo André, na região metropolitana de São Paulo. O valor da negociação é de R$ 31.150.000,00, e o fundo já recebeu o sinal, no valor de R$ 18 milhões.
Desse valor, R$ 17.800.598,61 foram pagos diretamente em favor da Bari Securitizadora, para recompra dos créditos imobiliários representados por um CRI devido pelo fundo. O caixa do TRXF11 recebeu R$ 199.401,39. O restante, no valor de R$ 13.150.000,00, foi dividido em 16 parcelas de R$ 821.875,00, com vencimento mensal, a primeira delas a partir de 14 de junho, e correção pelo IPCA.
A TRX Investimentos, gestora do TRXF11, havia informado ao fechar a transação que a venda representa um lucro estimado em pouco mais de R$ 5 milhões em relação ao preço de aquisição, ou cerca de R$ 0,25 por cota. A taxa interna de retorno (TIR) aproximada é de 12% ao ano.
O TRXF11 está em meio a uma oferta de emissão de cotas que tem a intenção de captar R$ 1 bilhão, com possibilidade de um lote adicional de 25%, chegando a R$ 1,25 bilhão, caso a subscrição seja inteiramente exercida. O preço de emissão das novas cotas é de R$ 100,48, incluída a taxa de distribuição primária.