IRDM11 volta a liderar quedas; IFIX fecha na mínima de julho
IRDM11 acumula mais de 6% de queda desde que anunciou início de processo de fusão com o IRIM11, fundo da mesma gestora.


O fundo imobiliário IRDM11 registrou a maior queda do pregão de FIIs pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira (18), em sessão marcada por nova queda e pelo menor resultado do IFIX no mês de julho.

O índice de FIIs fechou em 3.465,01 pontos, queda de 0,29% em relação ao resultado da véspera, num dia em que a cotação oscilou o tempo todo em patamar negativo, após um repique inicial de alta. A mínima foi registrada cerca de 15 minutos antes do fechamento.
Com o resultado, o IFIX acumulou 0,52% de perda na semana e recua 0,54% no mês. O dia foi de tensão e pouco apetite ao risco nos mercados, com queda de 1,61% no Ibovespa e alta de 0,73% para o dólar. Segundo especialistas, investidores temem uma reação mais ostensiva do presidente dos EUA, Donald Trump, às medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na semana passada, ao anunciar a tarifa de 50% às importações de produtos brasileiros pelos EUA, Trump citou em sua carta o que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro. Ele ainda não havia se manifestado até o início da noite, embora tenha reiterado a intenção de adicionar tarifas de 10% aos países dos Brics em caso de movimentações que avalia ser “contra o dólar”.
IFIX – resumo do dia 18/07/2025
- Fechamento: 3.465,01 pontos (-0,29%)
- Mínima: 3.464,55 (-0,30%)
- Máxima: 3.476,11 (+0,03%)
- Acumulado da semana: -0,52%
- Acumulado do mês: -0,54%
- Acumulado do ano: +11,19%
IRDM11 perde quase 10% no mês; entenda o caso
O IRDM11 voltou a ser o principal destaque negativo do dia, com queda de 3,45% e fechamento em R$ 62,13, sua cotação mais baixa desde 20 de fevereiro, quando fechou em R$ 61,78. Foi a terceira queda seguida no terceiro pregão desde que a gestão convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) em que pede autorização para a 13ª emissão de cotas do fundo.
A medida, se aprovada, dará dará início ao processo de fusão do fundo com o IRIM11, no qual a Iridium, gestora dos dois FIIs, pretende manter uma carteira multiestratégia, que liberdade para operar, de forma combinada, com diferentes ativos, como imóveis, CRIs, cotas de outros FIIs e ações de empresas ligadas ao setor imobiliário.
A ideia, contudo, parece ter tido reação negativa do mercado, já que o fato relevante foi divulgado na noite de terça-feira (15) e de lá para cá o fundo acumulou 6,84% de queda no valor de mercado. Desde o início do mês, a perda foi de 9,83% — em 30 de junho, a cotação foi de R$ 68,90.
Na outra ponta do dia, o BLMG11, fundo de imóveis logísticos, teve a principal alta, de 1,76%, cotado a R$ 38,15. O BPML11, de shoppings, subiu 1,49%, a R$ 79,55.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 FIIs, entre eles o IRDM11, vale até o fim de agosto — no fim deste mês a B3 lança a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.