IFIX emenda quinto pregão de queda em meio a incerteza sobre tarifa

IFIX emenda quinto pregão de queda em meio a incerteza sobre tarifa
Tarifa já impacta mercado de FIIs - Foto: iStock

O mercado de fundos imobiliários registrou sua maior queda em julho no pregão desta segunda-feira (21), em mais um dia de impacto negativo diante da incerteza provocada pelos impactos da tarifa de importação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros.

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O IFIX, principal índice do setor, fechou em 3.443,94 pontos nesta segunda-feira (21), queda de 0,61%, a quinta consecutiva. No mês de julho, o recuo acumulado é de 1,14%, depois de cinco meses consecutivos de resultado positivo.

A queda veio num dia de resultados melhores para outros segmentos, como o Ibovespa, que subiu, e o dólar, que caiu. Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, explica que, mesmo sem correlação direta com comércio exterior, a queda do índice de FIIs se dá principalmente pelo crescimento da aversão ao risco que marca o comportamento dos investidores em momentos de incerteza. “O mercado de renda variável sofre nesses momentos, com uma migração para a renda fixa, especialmente num momento de juros altos como o atual”, diz.

Segundo Sung, o principal temor é que eventuais retaliações do governo brasileiro possam pressionar a inflação, devido ao aumento do custo de importações de produtos norte-americanos. Além disso, o presidente norte-americano Donald Trump ameaçou que poderia aumentar ainda mais a tarifa imposta ao Brasil caso o governo brasileiro coloque em prática algum aumento.

Com maior risco de inflação, o risco projetado pelos agentes de mercado é que o Copom possa estender ainda mais o ciclo de alta da Selic, cujo encerramento ficou destacado na reunião de junho. E a Selic em alta geralmente é vista de forma negativa pelo mercado de FIIs, especialmente para os segmentos de tijolo, devido ao risco de queda da atividade econômica e do consumo.

IFIX – resumo do dia 21/07/2025

Fundos imobiliários em queda: veja destaques do dia

O fundo imobiliário IRDM11 se manteve entre as principais quedas, depois de liderar o quesito nos dois últimos dias da semana passada, e fechou em queda de 2,19% e fechamento em R$ 60,77, sua cotação mais baixa desde 14 de fevereiro, quando fechou em R$ 60,90.

A maior queda do dia, porém, foi do PATL11, que recuou 4,14%, a R$ 56,75.  Na outra ponta, o CCME11 avançou 1,59%, a R$ 8,94. 

Entre os fundos de maior liquidez, o MXRF11 caiu 0,32%, a R$ 9,47, enquanto o BTHF11 recuou 1,54%, a R$ 8,30. O SNEL11 subiu 0,47%, a R$ 8,49, no primeiro pregão após o anúncio da 4ª oferta de emissão de cotas, que tem a intenção de captar R$ 637,8 milhões.

A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um FII leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, vale até o fim de agosto — no fim deste mês a B3 lança a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.

 

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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