IFIX tem novo dia de queda e alta acumulada do ano fica abaixo de 10%
IFIX, principal índice do mercado de FIIs, sofreu a segunda oscilação negativa em seguida e acumula 0,50% de perda em dois dias de agosto.
O IFIX manteve o viés de queda e fechou o pregão desta segunda-feira (4) em 3.419,32 pontos, queda de 0,31% em relação ao resultado da sexta-feira (1). No acumulado do ano, o resultado ficou em 9,72%, voltando a ficar abaixo de 10%, como ocorreu durante a semana passada.
Ao contrário do pregão anterior, no entanto, o índice de FIIs oscilou negativamente durante todo o período de negociações, à exceção de uma rápida alta na primeira hora. A queda foi mais acentuada no começo da tarde, quando o IFIX bateu na mínima do dia. Na última hora, o mercado ensaiou uma leve recuperação, mas ainda ficou longe de alcançar o patamar da véspera.
Para o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, os FIIs passam por um momento de nova precificação após a reunião do Copom da semana passada, que manteve a Selic a 15%.
Ele acredita, no entanto, que o setor pode iniciar uma recuperação em breve, especialmente com uma perspectiva mais otimista sobre o corte de juros nos EUA começar já na próxima reunião do Fed, em setembro, e de uma inflação mais perto do controle que possa permitir uma discussão sobre a queda dos juros brasileiros ainda no primeiro semestre de 2026.
IFIX — resumo do dia 04/08/2025
- Fechamento: 3.419,32 pontos (-0,31%)
- Mínima: 3.415,18 (-0,43%)
- Máxima: 3.437,28 (+0,21%)
- Acumulado da semana: -0,31%
- Acumulado do mês: -0,50%
- Acumulado do ano: +9,72%
TGAR11 lidera altas e URPR11 mantém viés negativo
O fundo imobiliário TGAR11 teve a maior queda do pregão desta segunda-feira (4), mais um dia marcado por queda do IFIX — desta vez durante praticamente todo o pregão, ao contrário de sexta-feira (1).
O TGAR11, que atua majoritariamente como um FII de desenvolvimento, subiu 4,18% e fechou em R$ 85,29, sua cotação máxima desde 21 de julho. O fundo sob gestão da TG Core Asset, no entanto, ainda segue bastante descontado em relação ao valor patrimonial: a relação P/VP é de 0,77x.
Na outra ponta, o URPR11, que já havia tido a pior queda na sexta, caiu mais 3,30%, fechando a R$ 35,12, ampliando sua queda para o menor valor desde outubro de 2020. O fundo é negociado com cerca de 65% de desconto em relação ao seu valor patrimonial, de R$ 99,72 por cota.
Entre os fundos de maior liquidez, o MXRF11 subiu 0,32%, a R$ 9,43, enquanto o CPTS11 caiu 0,54%, a R$ 7,30. Ambos tiveram mais de 1,5 milhão de cotas negociadas durante o pregão.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 FIIs, vale até o fim de agosto.
