CPTS11 amplia lucro e atualiza projeções para os próximos dividendos
Fundo imobiliário CPTS11 teve aumento de receita, distribuição de dividendos e valorização em agosto. Saiba detalhes sobre o desempenho do FII.


O fundo imobiliário CPTS11 apresentou em agosto um lucro líquido de R$ 27,782 milhões, leve aumento em relação aos R$ 27,719 milhões contabilizados em julho. Este foi o melhor resultado registrado pelo fundo nos últimos três meses. O desempenho ocorreu devido à receita total de R$ 39,877 milhões, enquanto as despesas ficaram em R$ 12,095 milhões.

O fundo distribuiu R$ 27,927 milhões em dividendos, equivalentes a R$ 0,085 por cota, ao final do mês. Houve um pequeno acúmulo de R$ 0,001 por cota em relação ao mês anterior. Os dividendos do CPTS11 foram calculados considerando uma cotação de mercado de R$ 7,45 por cota.
A Capitania, gestora do fundo, apresentou três cenários de projeção de dividendos para os próximos períodos. No cenário mais otimista, o pagamento poderia chegar a R$ 0,10 por cota, o que representaria um dividend yield anualizado de 17,35%. Num cenário intermediário, a previsão é de R$ 0,09 por cota, correspondendo a um DY de 15,50%. Finalmente, na hipótese mais conservadora, a expectativa é de até R$ 0,08 por cota, com um DY de 13,67% ao ano.
No mercado secundário, o desempenho do CPTS11 em agosto refletiu uma valorização de 3,54%, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido foi de 0,71%. Para comparação, o índice de fundos imobiliários (IFIX) subiu 1,16% e o IMA-B, índice de títulos públicos atrelados à inflação, cresceu 0,84% no mesmo período.
CPTS11: novidades na carteira
A carteira do FII CPTS11 foi impactada pela mudança na curva de juros, que reduziu a marcação a mercado dos títulos IPCA + 8,72% para IPCA + 8,68%. Além disso, a rentabilidade dos fundos imobiliários na carteira foi de 0,75%, abaixo do desempenho do IFIX. A carteira de recebíveis do CPTS11, composta por 16 CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), está completamente indexada ao IPCA, sem relação com o CDI.
Na área de crédito, o fundo mantém uma posição de alta qualidade, com 100% de adimplência e nenhuma operação em situação de estresse. Os CRIs representam 31,9% do total dos ativos, e todos estão atrelados ao índice de inflação. Já os fundos imobiliários compõem 59,1% dos ativos, sendo 83,8% fundos de tijolo — que investem em imóveis físicos — e 16,2% fundos de papel, que investem em títulos de renda fixa atrelados ao setor imobiliário.
Ao longo de agosto, destaque para a conclusão de uma série de vendas pelo CPLG11, além da assinatura de um memorando de entendimento em outra negociação, marcando o encerramento de um ciclo de investimentos no setor logístico. Segundo a gestão do CPTS11, o retorno interno (TIR) dessas operações foi de 19,55% ao ano, superando significativamente o desempenho do IFIX (5,52%) e do IMA-B (4,83%), mesmo em um cenário de juros elevados.