KNCR11 aumenta lucro em 4,8% e pagará 108% do CDI em dividendos; veja valores


O fundo imobiliário KNCR11 encerrou setembro com um lucro líquido de R$ 102,6 milhões, avanço de 4,8% em relação ao resultado de agosto, que havia somado R$ 97,9 milhões.

O resultado do KNCR11 reflete, sobretudo, as receitas da carteira de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), principal motor de ganhos do fundo no período.
Os papéis de CRI responderam por R$ 104,5 milhões da receita total, enquanto outras aplicações, como fundos imobiliários, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e instrumentos de caixa, tiveram participação menor.
O cenário macroeconômico também atuou de forma favorável para o aumento do resultado. A Selic permaneceu em 15% ao ano durante todo o mês e, combinada a um calendário com mais dias úteis, aumentou a rentabilidade do portfólio do KNCR11.
A Kinea, gestora do FII, destacou a constância na alocação em novos CRIs, mantendo ampla diversificação entre operações e deixando seu portfólio mais sólido, que segue sem registros de eventos de crédito negativos.
Quanto o FII vai pagar de dividendos?
A distribuição de dividendos do KNCR11 referente a setembro será realizada em 13 de outubro, com pagamento de R$ 1,35 por cota. O valor equivale a um retorno de 1,32% sobre a cota média de ingresso de R$ 102,12, rendimento isento de imposto de renda para pessoas físicas.
Esse retorno representa 108% da taxa DI do período, ou 127% do CDI considerando o gross-up da alíquota de 15%.
O relatório também detalha a composição da carteira do FII KNCR11. Ao fim de setembro, o fundo apresentava 105,5% do patrimônio investido em ativos-alvo, 1,1% em LCI e 1,5% em caixa.
Somente os CRIs indexados ao CDI somavam 105,2% do patrimônio, com rentabilidade média de CDI + 2,16% ao ano e prazo médio de 3,9 anos. A gestão reforçou que a carteira segue saudável e protegida contra oscilações de mercado.
Quais foram as aquisições do KNCR11 em setembro?
Durante o mês, o KNCR11 direcionou R$ 194,64 milhões para novas operações. A principal delas, de R$ 160 milhões, financia a compra do hotel JW Marriott, na Avenida das Nações Unidas, em São Paulo.
O empreendimento, com bom desempenho operacional e boas perspectivas de crescimento, conta com garantias como alienação fiduciária das cotas da SPE proprietária, alienação fiduciária do imóvel e cessão fiduciária dos recebíveis.
A estrutura do contrato impõe limite máximo de LTV de 50% e exige cobertura mínima de 125%, com remuneração de CDI + 1,60%.
Outra aplicação relevante do KNCR11 foi de R$ 34,6 milhões em um CRI lastreado em créditos pro-soluto cedidos por uma incorporadora listada. O papel possui proteção contra inadimplência, fundo de reserva relevante e ampla cobertura de recebíveis.