RBVA11 rompe contrato com a Caixa e embolsa valor milionário; confira detalhes

RBVA11 rompe contrato com a Caixa e embolsa valor milionário; confira detalhes
RBVA11 rompe contrato com a Caixa e leva valor milionário de volta. Foto: Divulgação

O fundo imobiliário RBVA11 anunciou a rescisão parcial de um compromisso de compra e venda firmado com a Caixa Econômica Federal, encerrando a negociação de três imóveis que permaneceram sem regularização documental por mais de uma década.

O distrato traz ao fundo RBVA11 o ressarcimento integral do valor desembolsado em 2012, corrigido pelo IGP-M, resultando em R$ 31,7 milhões a receber. A reversão do negócio rende ao FII um lucro de R$ 17,67 milhões, equivalente a R$ 0,113 por cota.

O desempenho acumulado ao longo dos 13 anos da operação representa uma TIR de 16,9% ao ano, o que corresponde a IPCA + 10,6% ao ano ou CDI + 7,7% ao ano no mesmo período.

O pagamento será feito em duas etapas, em que R$ 19 milhões já foram depositados, enquanto a parcela restante, de R$ 12,7 milhões, está prevista para janeiro de 2026.

A gestão também destaca que a movimentação gera R$ 14 milhões em entrada de caixa, trazendo liquidez imediata do FII RBVA11.

Imóveis devolvidos e impacto no portfólio do RBVA11

O distrato envolve três agências da Caixa localizadas na capital paulista, nos bairros de Guaianases (zona leste), Pirituba (zona oeste) e Planalto Paulista (zona sul).

A saída desses ativos diminui a presença do setor bancário na carteira, que passa a representar menos de 24% do patrimônio do fundo RBVA11. A redução de concentração também afeta a distribuição da receita, já que nenhum locatário responde atualmente por mais de 26% do faturamento contratado, segundo a gestão.

O lucro apurado será incorporado ao conjunto de ganhos extraordinários projetados para o segundo semestre de 2025, alinhado ao guidance de R$ 0,09 por cota ao mês.

Resumo da linha do tempo

A operação entre RBVA11 e Caixa teve início em 2012, quando o fundo adquiriu 26 imóveis do banco em um acordo de sale and leaseback. Desde então, parte dos ativos permaneceu com pendências documentais sob responsabilidade da CEF.

Em 2018, o fundo tornou públicas essas irregularidades e iniciou um plano formal de cobrança. Entre 2019 e 2021, intensificou as ações, contratando consultorias.

A renegociação de 2022 renovou os contratos de 13 imóveis por mais dez anos, enquanto a Caixa assumiu o compromisso de regularizar 15 unidades dentro de um prazo adicional.

Como três imóveis seguiram irregulares até 2025, o RBVA11 exerceu a cláusula de distrato e encerrou a operação para essas unidades.

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