RCRB11 paga dividendos de 8,8% ao ano e anuncia lucro de outubro; veja valor
O fundo imobiliário RCRB11 registrou um lucro de R$ 3,062 milhões em outubro, o que corresponde a R$ 0,83 por cota. No mesmo período, o FII distribuiu R$ 3,469 milhões em dividendos, refletindo um pagamento de R$ 0,94 por cota aos investidores.
Considerando o valor de fechamento da cota no mês, que foi de R$ 127,72, esse rendimento equivale a um dividend yield anualizado de 8,8%. O resultado imobiliário do período atingiu R$ 4,569 milhões. Paralelamente, a gestão promoveu uma revisão abrangente da evolução operacional do Fundo (FFO), avaliando o efeito de novas locações, atualizações na receita recorrente, entrada de multa rescisória e despesas adicionais.
Após essa análise, a projeção de FFO passou de R$ 1,12 por cota para R$ 1,15 por cota, patamar que, quando relacionado ao preço de mercado, representa um yield anualizado próximo de 11%.
Apesar disso, a distribuição atual de rendimentos do RCRB11 ainda está abaixo do potencial estimado.
Segundo a gestão, três fatores principais retardam essa convergência, como carências contratuais em vigor, descontos temporários concedidos em alguns contratos e impactos pontuais vindos do resultado financeiro, que não faz parte da operação imobiliária.
A expectativa é de que o fluxo operacional se aproxime gradualmente do nível contratado conforme essas interferências forem se dissipando.
Ao longo de 2025, o fundo imobiliário RCRB11 estruturou um conjunto de ações voltadas ao fortalecimento do portfólio.
Movimentações da carteira do RCRB11
Entre as medidas adotadas estão novas alocações de capital, movimentações comerciais e esforços para reduzir vacância, sempre acompanhados de uma política de investimentos seletivos e gestão ativa para manter a competitividade dos ativos.
Um dos destaques do período foi a assinatura do contrato para ocupação do 13º andar do Edifício Bravo! Paulista, em modelo plug-and-play. A RG Strategy Solutions, empresa de consultoria em gestão empresarial, assumirá a área de 360,87 m² por um prazo contratual de 60 meses.
Essa era a última área vaga não apenas do edifício, mas de todo o portfólio do FII RCRB11. As condições pactuadas seguem o padrão das negociações recentes na região. Com a locação, o fundo atingiu vacância zero.
No entanto, o mesmo edifício deverá receber uma desocupação nos próximos meses. O fundo foi comunicado, em setembro, da intenção de saída do Conjunto 71, com 215,33 m².
Embora o contrato estabeleça desocupação somente em 2028 e aviso prévio de 120 dias, o inquilino manifestou desejo de deixar o espaço em 60 dias. A eventual saída pode reduzir a receita mensal em R$ 0,01 por cota, o que corresponde a uma vacância física de 0,49%.
Dente as movimentações estratégicas, o RCRB11 também segue avaliando potenciais alienações de portfólio. Três propostas de investidores institucionais chegaram ao FII, sendo que duas permanecem sob análise.