KNSC11 explica queda nos dividendos, após lucro mais baixo em agosto
O fundo imobiliário KNSC11 reportou em agosto de 2025 um resultado líquido de R$ 18 milhões, apresentando uma redução em relação ao mês anterior, quando registrou um lucro líquido de R$ 20,7 milhões. A queda reflete a desaceleração na receita do fundo, puxada pela queda da inflação nos últimos meses. As operações com Certificados de […]


O fundo imobiliário KNSC11 reportou em agosto de 2025 um resultado líquido de R$ 18 milhões, apresentando uma redução em relação ao mês anterior, quando registrou um lucro líquido de R$ 20,7 milhões. A queda reflete a desaceleração na receita do fundo, puxada pela queda da inflação nos últimos meses.

As operações com Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) contribuíram com R$ 19,9 milhões, versus despesas mensais de R$ 2,3 milhões. Segundo a Kinea, gestora do KNSC11,os esses títulos acompanham a inflação de dois meses anteriores à apuração dos resultados.
Assim, os resultados de agosto refletem as variações de junho (0,24%) e julho (0,26%), ambos inferiores aos patamares observados no começo de 2025. Com isso, os dividendos também caíram, de R$ 0,10 para R$ 0,09 por cota. O valor foi pago nesta quinta-feira (11) aos investidores, com rentabilidade líquida de aproximadamente 0,98% com base no preço médio de aquisição de R$ 9,19.
Essa rentabilidade equivale a 84% da taxa DI do período ou, após o ajuste tributário de 15% de IR, chega a 99% do CDI, indicador de referência de juros no mercado financeiro.
O cenário de inflação tem mostrado sinais de desaceleração, com deflação (inflação negativa) registrada no IPCA de agosto, embora o cenário macroeconômico de médio e longo prazo ainda esteja cercado de incertezas. Entre os fatores que podem pressionar a inflação estão a persistência de altas em serviços, a deterioração das expectativas e impactos cambiais decorrentes de políticas econômicas domésticas e externas.
KNSC11: como está o portfólio do fundo
Além dos títulos indexados ao IPCA, o portfólio do KNSC11 conta com CRIs atrelados ao CDI, que continuam se beneficiando da taxa básica de juros, a Selic, mantida em 15% ao ano pelo Banco Central na última reunião do Copom. Esses papéis representam aproximadamente 45,9% do patrimônio, oferecendo uma rentabilidade média de CDI + 3,19% ao ano, com prazo médio de 3,7 anos.
A gestão do fundo afirmou que a carteira mantém uma alocação considerada saudável, sem registros de eventos negativos de crédito. Ao final de agosto, o patrimônio estava distribuído em 109% em ativos-alvo, além de 0,6% em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e 1,5% em caixa.
Com essa diversificação, o KNSC11 busca equilibrar risco e retorno, com foco na rentabilidade dos seus CRIs, que representam cerca de 63% do patrimônio, e em suas estratégias de gestão de risco de crédito.