CPTS11, SNAG11, IBBP11 e BTHF11 e estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (6/11)

CPTS11, SNAG11, IBBP11 e BTHF11 e estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (6/11)
Veja os destaques do mercado - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários CPTS11, BTHF11 e IBBP11 e o Fiagro SNAG11 estão entre os destaques desta quinta-feira (6), dia seguinte à primeira alta do IFIX na semana. O índice voltou a operar de forma predominantemente positiva na sessão desta quarta (5), e fechou em sua primeira alta da semana, em 3.590,71 pontos. 

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O avanço foi de 0,03% em relação ao resultado da véspera, e o resultado foi definido antes do anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de manutenção da Selic em 15% ao ano. A decisão de manter a taxa básica de juros em seu ponto mais alto desde 2006 foi mais uma vez unânime.

No comunicado, o Copom destacou que os riscos para a inflação “seguem mais elevados do que o usual”, ainda que tenha identificado sinais positivos no cenário doméstico. Já no cenário externo, o BC afirma que a conjuntura e a política econômica dos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais, exigem “particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”.

Para o economista-chefe da Suno, Gustavo Sung, o Banco Central reconhece uma melhora no cenário macroeconômico, mas se mantém vigilante com questões como o mercado de trabalho, que ainda mostra dinamismo, e a inflação, que se mantém acima da meta. “O texto manteve a frase de que a política contracionista precisa seguir por um período bastante prolongado, o que é um ponto positivo”, explica  o especialista.

Para ele, o BC prepara o terreno para iniciar o processo de corte da Selic a partir de março de 2026, na segunda reunião do ano. “Esse tabuleiro vai se encaixar e as peças vão estar bem montadas num momento daqui a alguns meses”, aponta Sung.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

SNAG11 negocia em máxima histórica em meio a posição privilegiada do agro 

O SNAG11, Fiagro da Suno Asset com foco em financiamento do agronegócio, voltou a registrar sua máxima histórica ajustada por dividendos nesta quarta-feira (5), em mais uma prova de seu status dentro de um cenário crescente de interação entre o agro e o mercado de capitais.

No mês de outubro, o SNAG11 se manteve entre os Fiagros mais negociados do mercado, com volume financeiro de R$ 37,150 milhões, o que resultou numa liquidez média diária de R$ 1,615 milhão. Os dados são compilados pela Economatica, empresa de inteligência de dados do grupo TC, a partir de dados informados pela B3.

Para o analista João Vitor Franzin, do time da Suno Asset, o agronegócio vive hoje um momento privilegiado, em meio ao aumento global da demanda por alimentos, que tende a beneficiar os investidores. Segundo ele, o aumento da qualidade de vida por parte de uma população leva à exigência de mais recursos.

“A partir do momento que uma determinada população começa a passar ali da receita média per capita de 2 mil dólares, a gente começa a ver uma maior tendência desse pessoal a consumir mais carne vermelha, o que por sua vez vai exigir também mais soja e mais milho, como alimento desses animais”, detalha o especialista.

BTHF11 paga dividendos de 12,72% ao ano, com lucro acima de R$ 16 milhões

O fundo imobiliário BTHF11 registrou em setembro um lucro líquido de R$ 16,657 milhões, desempenho inferior ao observado em agosto, quando o resultado havia sido de R$ 21,093 milhões. As receitas totais do BTHF11 no mês somaram aproximadamente R$ 18,266 milhões, das quais R$ 19,239 milhões vieram de receitas recorrentes, enquanto as despesas alcançaram R$ 1,609 milhão.

A distribuição de dividendos do BTHF11 foi mantida em R$ 0,092 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de 12,72%, calculado sobre o valor de fechamento da cota de R$ 8,68. O pagamento foi realizado em 14 de outubro.

Entre os eventos de maior destaque do mês está a venda de 23% da participação no EZ Tower, que reduziu a exposição do ativo de 12,9% para cerca de 8% do patrimônio líquido do BTHF11. A negociação foi feita a valor de laudo, e o pagamento ocorreu em cotas do fundo IRDM11, que está sendo incorporado ao IRIM11, da mesma gestora, a Iridium. Segundo a gestão, a operação reforça a estratégia de aprimorar a liquidez da carteira, sem abrir mão da convicção na relevância do imóvel dentro da tese de longo prazo do portfólio.

Gestora capta mais de R$ 80 milhões e acelera expansão do IBBP11

O fundo imobiliário IBBP11 concluiu uma captação de R$ 80 milhões, alcançando 80% da meta inicial e impulsionando o patrimônio líquido de R$ 400 milhões para R$ 480 milhões — um crescimento de 20%. Para a inVista Real Estate, gestora do FII, trata-se de um feito relevante por se tratar em um ambiente desafiador, marcado pela Selic a 15% ao ano, e reforça o apetite do mercado por ativos logísticos de alta qualidade.

Segundo a gestora, toda a demanda foi orgânica, vinda de investidores institucionais, gestoras profissionais e investidores privados sofisticados. Para Thiago Leomil, sócio fundador e RI da inVista, a performance da oferta demonstra confiança. “A captação de R$ 80 milhões com juros a 15% ao ano não é apenas um número. É a validação do mercado sobre a qualidade do nosso modelo e a solidez do Brazilian Business Park”, afirmou.

O fundo se destaca por entregar dividend yield próximo de 11% ao ano, reavaliação patrimonial de 19,3% em 2025, 100% de adimplência e ocupação, além de uma base de 23 inquilinos de primeira linha, como Solventum/3M, Magna, Johnson Industrial e Terumo. Os contratos têm duração média de nove anos, o que reforça a previsibilidade de receitas.

O ativo que compõe o fundo, o Brazilian Business Park, é um complexo industrial considerado único no país, com infraestrutura completa de energia, telecom, segurança 24h e modelo plug and play. Localizado no maior polo industrial da América Latina, o empreendimento permite acesso a aproximadamente 50% do PIB nacional em um raio de 500 km.

CPTS11 divulga nova emissão de cotas, com a intenção de captar até R$ 500 milhões

O fundo imobiliário CPTS11 anunciou a realização de sua 14ª emissão de cotas, visando a captação total de R$ 500 milhões. A oferta é voltada exclusivamente a investidores profissionais, e para atingir o montante desejado serão disponibilizadas 56.242.970 novas cotas, todas nominativas e escriturais, com preço unitário de R$ 8,92.

Desse valor, R$ 8,89 são referentes ao valor patrimonial por cota (VPC) do CPTS11 em sua última atualização, referente a 30 de setembro, e outros R$ 0,03 por cota, equivalente a 0,34% do preço de emissão, equivalem à taxa de distribuição primária.A distribuição parcial será aceita desde que sejam subscritas pelo menos 19.685.040 cotas, o que corresponde ao montante mínimo de R$ 175 milhões.

O CPTS11 não divulgou prospecto sobre a oferta, informando apenas que os recursos captados serão destinados à aquisição de ativos compatíveis com a política de investimentos do fundo. No relatório de setembro, o fundo informou um patrimônio líquido de R$ 2,920 bilhões, com a maior parte da alocação (63,2%) em cotas de 91 diferentes fundos imobiliários. 

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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