TRXF11, OIAG11, PULV11 e SNCI11 são destaques do Bom Dia FIIs (7/8)

TRXF11, OIAG11, PULV11 divulgaram relatórios detalhados de atividades; SNCI11 reforçou seu guidance de dividendos para o trimestre.

TRXF11, OIAG11, PULV11 e SNCI11 são destaques do Bom Dia FIIs (7/8)
Confira as principais notícias do dia - Foto: Freepik

Os fundos imobiliários TRXF11, PULV11 e SNCI11 e o Fiagro OIAG11 estão entre os destaques desta quinta-feira (7), dia em que o mercado conta com o retorno do capital entregue pelas gestoras aos cotistas para reagir ao mau começo no mês de agosto.

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O IFIX fechou nesta quarta-feira (6) em 3.404,19 pontos, recuo de 0,13% — mais leve que as perdas de 0,31% registradas nas duas sessões anteriores da semana, mas ainda assim a quarta queda consecutiva e a sétima nos últimos oito pregões. No acumulado do mês, a perda acumulada já é de 0,94%.

Como na véspera, o índice chegou à máxima logo no começo das negociações e se manteve em patamar positivo por mais de uma hora. Mas o ritmo de queda acelerou no começo da tarde, momento em que o IFIX desceu à mínima do dia. Depois, ficou relativamente estável até o fechamento. 

Um dos fatores que levam analistas a projetar uma possibilidade de recuperação é o início do pagamento dos dividendos anunciados na quinta passada, dia 31. Entre os FIIs que realizam a distribuição no quinto dia útil estão o GARE11, que paga R$ 0,083 por cota; o VGHF11, com R$ 0,09 por cota; e o HSML11, com R$ 0,66 por cota. 

Parte desses valores, segundo especialistas, volta ao mercado, por meio de realocações de investidores interessados em aumentar suas posições e, assim, ampliar a renda recebida de forma recorrente com os dividendos.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

SNCI11 mira na estabilidade ao projetar dividendos para o 3º trimestre

O fundo imobiliário SNCI11 definiu o guidance de dividendos para o 3º trimestre de 2025 no patamar entre R$ 1,00 e R$ 1,10 por cota. O anúncio foi feito no relatório gerencial referente aos resultados de junho, e confirmado em live com participação da equipe de gestão.

Segundo a Suno Asset, gestora do fundo que atua no segmento de recebíveis imobiliários, a decisão foi tomada diante da projeção de um IPCA mais fraco para o segundo semestre do ano e da necessidade de manutenção de mais recursos no caixa a fim de manter a estabilidade dos dividendos. 

Em julho, o fundo registrou resultado líquido de R$ 3,748 milhões, o equivalente a R$ 0,89 por cota, mas manteve o patamar de distribuição de R$ 1,00 por cota pelo 13º mês consecutivo. “Usamos uma parte da reserva para manter a linearidade dos resultados, algo que estamos fazendo com sucesso ao longo de vários meses”, afirmou André Amorim, analista de crédito da Suno Asset. Essa reserva passou a ser de R$ 0,23 por cota ao fim de junho, segundo a gestão.

OIAG11: com yield de 17%, Fiagro “turbina” caixa com estratégia conservadora

O Fiagro OIAG11 adotou uma estratégia mais conservadora em junho, com destaque para realocações em sua carteira de crédito e manutenção de uma posição robusta em caixa — cerca de R$ 15,9 milhões, o equivalente a 17,9% do patrimônio líquido. A alocação em ativos-alvo, que representava 88,6% em maio, caiu para 82,1% no fechamento do mês.

Entre os principais movimentos de portfólio, a gestão reforçou a posição em cotas sênior do Fator Tarken FIDC, com um aporte de R$ 875 mil, ao mesmo tempo em que reduziu em R$ 1,9 milhão a exposição na classe mezanino, migrando parte do capital para ativos com menor risco.

No mês, o fundo sob gestão da Faor apurou um resultado de R$ 1.1 milhões, o equivalente a R$ 0,121 por cota. Desse montante, R$ 0,11 por cota foram distribuídos como rendimento, e R$ 0,011 por cota foram destinados à reserva de resultados. Com isso, a reserva acumulada chegou a R$ 0,177 por cota.

PULV11 “gira carteira” e amplia investimento em novos ativos

O fundo imobiliário PULV11 realizou um giro de investimentos em sua carteira, com foco no redesenho da estratégia de alocação. O principal destaque do mês de julho foi a venda de R$ 2,5 milhões no CRI Pulverizado MK CDI, ativo que remunerava em CDI + 4,50% ao ano. Parte dos recursos foi realocada em operações já existentes, com aporte de R$ 2,1 milhões.

Atualmente, o portfólio do fundo é formado por 14 CRIs, lastreados por uma base pulverizada de mais de 4.500 contratos de financiamento imobiliário e operações de home equity. Esses fluxos mensais têm sido suficientes para cobrir os compromissos da carteira.

Na distribuição de rendimentos, o PULV11 pagará R$ 0,095 em dividendos por cota no dia 14 agosto, com data-base em 31 de julho. O dividend yield mensal do fundo sob gestão da RBR Asset foi de 1,20% sobre o preço de mercado.

TRXF11 tem lucro acima de R$ 20 milhões e dividendos no teto do guidance

O fundo imobiliário TRXF11 teve resultado operacional de R$ 20,37 milhões em julho, acompanhado da distribuição de R$ 0,93 por cota. O valor representa o limite superior do guidance divulgado, que vai de R$ 0,90 a R$ 0,93 por cota até dezembro de 2025. A remuneração mensal equivale a um dividend yield de 0,93%, ou 11,19% ao ano. Os proventos serão pagos em 14 de agosto aos cotistas com posição no fundo até o dia 31 de julho.

Além dos resultados financeiros, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do TRXF11 aprovou alterações relevantes no regulamento do fundo em julho. Entre as principais mudanças estão a autorização para alienação fiduciária de imóveis e prestação de garantias em operações financeiras, além da limitação de votos a 10% por cotista ou grupo ligado, medida que visa proteger os investidores minoritários.

Segundo análise recente do Banco do Brasil Investimentos (BB-BI), que manteve o FII em sua carteira recomendada para obtenção de dividendos, o TRXF11 opera com uma alavancagem controlada e está vinculado a contratos atípicos de locação, o que proporciona uma camada adicional de segurança em casos de rescisões antecipadas. 

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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