TRXF11, TGAR11 e RBVA11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (8/5)
TRXF11 e TGAR11 divulgaram relatórios detalhados de atividade; RBVA11 realiza desdobramento de cotas na proporção 1:10.
Os fundos imobiliários TRXF11, TGAR11 e RBVA11 estão entre os principais destaques desta quinta-feira (8), dia seguinte à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de aumentar a Selic em meio ponto, para 14,75%, o maior valor nominal desde julho de 2006.
Com a decisão, a taxa básica de juros no Brasil já atingiu a projeção feita para o fim do ano, de acordo com o consenso do Boletim Focus, termômetro do mercado, divulgado nesta semana. No comunicado do aumento, porém, o BC deixa em aberto a possibilidade de voltar a mexer na taxa nos próximos meses, de acordo com indicadores como o IPCA e os níveis de emprego.
Antes da divulgação, o IFIX já havia registrado seu primeiro dia de alta nesta semana, ao fechar em 3.388,20 pontos, avanço de 0,08% em relação ao resultado da véspera. O índice de FIIs oscilou negativamente durante a maior parte do pregão, mas se recuperou a partir da última hora, em consonância com o impacto positivo em outros índices após a coletiva do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano), Jerome Powell.
Nos EUA, os juros foram mantidos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano, mas as falas do dirigente deixaram o mercado satisfeito por suas manifestações de independência em relação às tentativas de interferência do presidente Donald Trump.
Além disso, as duas decisões citaram que estão monitorando os impactos das tarifas de importação anunciadas pelo governo americano, de olho em possíveis alterações no ritmo de atividade econômica e nos índices inflacionários. Para especialistas, o mercado de FIIs deve manter o cenário de valorização dos últimos meses, uma vez que muitos ativos seguem descontados.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
TGAR11 lucra R$ 25,8 mi, com dividendos que rendem 13,88% ao ano
O fundo imobiliário TGAR11 obteve um resultado de R$ 25,8 milhões em março, suficiente para manter a distribuição de dividendos em R$ 1,00 por cota. Isso representou um dividend yield (DY) mensal de 1,09% e um retorno anualizado de 13,88%.
Além disso, o fundo terminou março com um resultado acumulado não distribuído de R$ 0,13 por cota. A gestão, feita pela TG Core Asset, manteve a projeção de rendimentos para o primeiro semestre de 2025 no intervalo entre R$ 0,90 e R$ 1,10 por cota.
A classe de equity foi responsável por 73,10% da receita no mês, enquanto o crédito respondeu por 12,22%. Entre as movimentações do TGAR11 mais relevantes no mês, o destaque ficou por conta da carteira de crédito, com a aquisição de seis novas operações, no valor de R$ 30,35 milhões, ao mesmo tempo em que o fundo vendeu outras 12 operações, somando R$ 68,81 milhões em receita.
RBVA11 faz desdobramento e passa a negociar como FII de base 10
O fundo imobiliário RBVA11 vai realizar o desdobramento das cotas na proporção de 1:10 ao fim do pregão desta quinta-feira (8). O objetivo da decisão é ampliar a liquidez do fundo, a partir da maior facilidade de acesso devido ao preço unitário mais baixo.
Com o desdobramento, cada cota atual será dividida em 10 novas cotas, e o número total passará de 15.614.305 para 156.143.050. O preço de mercado também será dividido por 10, assim como o valor patrimonial por cota (VPC), sem influência no patrimônio do investidor.
Segundo a Rio Bravo, gestora do RBVA11, a decisão reforça um movimento crescente no mercado de fundos imobiliários, de democratizar o acesso ao ativo e ampliar a liquidez no mercado secundário. Os chamados “fundos de base 10”, com valores unitários próximos a R$ 10, costumam ter maior volume de negociação na B3.
PVBI11 paga dividendos nesta quinta (8) e anuncia alta de 25,36% nos lucros
O fundo imobiliário PVBI11 anunciou que fará uma nova distribuição de dividendos no valor de R$ 0,50 por cota neste mês de maio. O pagamento será nesta quinta-feira (8), de acordo com a posição dos cotistas até o fim do pregão do dia 30 de abril.
Considerando a cotação do fundo ao final de abril, em R$ 79,90, o dividend yield mensal é de 0,62578%. No acumulado dos últimos 12 meses, os dividendos do PVBI11 totalizam R$ 6,85 por cota.
No mês de março, o FII PVBI11 alcançou um lucro líquido de R$ 17,3 milhões, resultado 25,36% superior ao de fevereiro. Uma das principais movimentações foi a venda de 756,32 m² do ativo VOC, com valor 30% acima do patrimonial. A operação trouxe um ganho direto de R$ 0,14 por cota e também contribuiu para a redução da vacância do FII sob gestão da VBI Asset.
TRXF11 lucra R$ 14,9 milhões em abril e projeta avançar com emissão
O fundo imobiliário TRXF11 registrou em abril um resultado de R$ 14,94 milhões, distribuindo R$ 0,93 por cota, o que representa um dividend yield mensal de 0,89% e anualizado de 10,71%, considerando a cotação de mercado de R$ 104,18. O pagamento será no dia 15.
O mês marcou também a preparação para a 11ª emissão de cotas do TRXF11, com expectativa de captação de pouco mais de R$ 1 bilhão. Os recursos, segundo a TRX Investimentos, serão destinados à aquisição e desenvolvimento de ativos já presentes no portfólio e também de novos imóveis que estão em fase avançada de negociação.
Outro destaque de abril foi a venda do imóvel Loja Pão de Açúcar, em Santo André (SP), firmada com uma holding patrimonial familiar. O valor total da transação será de R$ 31,15 milhões, sendo parte paga à vista e o restante parcelado. A operação deve gerar um lucro estimado de R$ 5,05 milhões para o TRXF11, o equivalente a R$ 0,25 por cota.
