HGLG11, GGRC11 e SNID11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (13/9)

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Imóveis. Foto: Pixabay

Os fundos imobiliários HGLG11, GGRC11 e SNLG11, além do FI-Infra SNID11, da Suno Asset, estão entre os destaques desta sexta-feira (13), encerramento de uma das piores semanas do ano para o mercado de FIIs, que emendou quatro quedas consecutivas, com quase 1% de queda.

O IFIX fechou nesta quinta-feira (12) 3.358,49 pontos, queda de 0,26% em relação ao resultado de quarta-feira (11) e pior fechamento desde 13 de agosto, quando o índice parou em 3.355,20 pontos.

Na semana, a queda do IFIX acumulada é de 0,83%. No mês de setembro, com sete pregões de resultado negativo em nove dias úteis, o recuo é de 1,03%, No ano, o resultado ainda é positivo, de 1,42%.

A possibilidade de alta da Selic na reunião do Copom da semana que vem tem sido apontada como a principal causa para o recuo do mercado de FIIs, que nessa condição de juros mais elevados torna-se menos atrativo do que as opções de renda fixa.

Ainda assim, parte dos fundos imobiliários tende a se beneficiar, especialmente os FIIs de papel com boa exposição a títulos de dívida atrelados ao CDI, taxa usada pelo mercado que oscila junto com a Selic e, por isso, tende a ampliar as receitas dos fundos no período de juros elevados.

Deflação pode afetar os FIIs de papel?

O IPCA de agosto ficou negativo, em -0,02%, fenômeno chamado pelos especialistas de deflação. É uma situação em que FIIs de papel com ativos indexados à inflação tendem a pagar rendimentos menores, mas especialistas afirmam que o impacto não deve ser grande.

Embora o IPCA tenha ficado abaixo do esperado, o resultado ficou dentro da margem de erro estipulada pelo mercado, afirma Rafael Ohmachi, gestor da RB Capital, responsável pelos fundos RRCI11 e RFOF11.

De forma geral, os meses de julho, agosto e setembro são meses em que sazonalmente há um baixo nível de inflação. Por isso, o gestor explica que “apesar da deflação no mês, espera-se que no 4° trimestre o IPCA volte a subir”. Desta forma, a gestora avalia que o impacto para FIIs deve ser neutro.

Felipe Sousa, analista de FIIs da Eleven, comenta que alguns fundos imobiliários conseguem amortecer os efeitos da deflação. “Os fundos que distribuem regime caixa terão maior facilidade em linearizar este resultado e podem eventualmente não sofrer com nenhum impacto negativo, caso possuam reservas para tanto”, destaca o analista.

Confira outras notícias do mercado:

GGRC11 acerta compra de ativos do SNLG11 por R$ 299 milhões

O fundo imobiliário GGRC11 anunciou ter firmado um memorando de entendimentos para a aquisição de todos os ativos do portfólio do FII SNLG11, formado por seis imóveis, com área bruta locável (ABL) total de 89.351 metros quadrados, pelo valor total de R$ 299 milhões.

O pagamento será realizado por meio da emissão de novas cotas do FII comprador, a valor patrimonial, do qual deverão ser descontados os passivos e acrescidos eventuais valores em caixa do SNLG11.

De acordo com o último relatório gerencial divulgado pelo SNLG11, cinco dos seis imóveis estão locados, quatro deles com contratos atípicos, que preveem cláusulas mais duras para evitar a rescisão antecipada de contratos, com vencimentos entre 2025 e 2032.

O GGRC11 não informou projeção de impacto nos dividendos com a aquisição dos imóveis. Após superadas todas as condições precedentes e suspensivas para concretização do negócio, os dois fundos informarão mais detalhes sobre o negócio.

SNID11 anuncia dividendos para setembro em R$ 0,10 por cota

O SNID11, fundo de investimentos em infraestrutura (FI-Infra) da Suno Asset, anunciou a distribuição de dividendos, referentes aos resultados do mês de agosto, no valor de R$ 0,10 por cota. 

Como a Data Com será apenas na sexta-feira (13), investidores que comprarem e mantiveram as cotas até o fim deste pregão já farão jus ao recebimento dos proventos, que serão pagos no próximo dia 25.

O valor é o mesmo  dos últimos três meses e representa um dividend yield mensal de 0,98% na comparação com o fechamento da cota em 30 de agosto, em R$ 10,20. Anualizado, o rendimento fica em 12,7%. Ao todo, o fundo vai destinar R$ 720.384,00 a seus investidores.

Com patrimônio líquido de R$ 73,7 milhões, o equivalente a R$ 10,17 por cota, o FI-Infra SNID11 atua na comercialização de debêntures incentivadas, que são emitidas por empresas que atuam na área de desenvolvimento de infraestrutura e oferecem isenção de tributação em seus rendimentos e amortizações.

HGLG11 lucra R$ 30,449 milhões e vacância recua novamente

O fundo imobiliário HGLG11 registrou um resultado de R$ 30,449 milhões em agosto, diante de um faturamento mensal de R$ 35,5 milhões.

As receitas de locação do HGLG11 foram de R$ 29,5 milhões em agosto, fazendo com que o faturamento total alcançasse a marca de R$ 35,5 milhões. Já as despesas totalizaram R$ 5,091 milhões.

Os dividendos do HGLG11 terão o valor de R$ 1,10 por cota, em linha com os últimos meses, cujo pagamento vai ocorrer nesta sexta-feira (13). Em um mês sem “impactos extraordinários” no faturamento, um dos principais destaques foi a compra de um terreno em Simas Filho (BA), por meio de SPEs em que o HGLG11 é sócio majoritário.

Na área comercial, o HGLG11 registrou uma ligeira diminuição nas vacâncias física e financeira, que alcançaram 4,2%. Uma das locações foi assinada em julho, embora o impacto só tenha sido observado no mês de agosto.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com mais de 20 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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