BCFF11, HGRU11 e VRTA11 são destaques do Bom Dia FIIs (22/7)
BCFF11 pede aval de cotistas para fusão com outro fundo do BTG e HGRU11 anuncia emissão para captar R$ 1,2 bilhão.
Os fundos imobiliários BCFF11, HGRU11 e VRTA11 estão entre os destaques do mercado nesta segunda-feira (22), dia em que o setor tenta manter o patamar de valorização recuperado na última sexta-feira (19), após uma leve queda na véspera.
O IFIX fechou o pregão de sexta em 3.391,26 pontos, alta de 0,27% em relação ao dia anterior, operando o dia todo em patamar positivo e batendo na máxima de 3.393,46 pontos perto do fechamento.
Com a valorização do dia, o índice de FIIs terminou a semana com alta acumulada em 0,64% e resultado positivo de 1,33% em julho. No ano, o IFIX registra valorização de 2,42%.
Nesta semana, o mercado deve começar a se posicionar de olho nas decisões de juros da Super Quarta, na próxima semana, quando Fomc e Copom, os comitês de política monetária do Fed, nos EUA, e do Banco Central brasileiro, respectivamente, divulgam as taxas para os próximos 45 dias.
O mercado não espera mudança em nenhuma das duas decisões, mas, no caso norte-americano, existe a expectativa, de acordo com os dados macroeconômicos das últimas semanas, de que o comitê possa ao menos sinalizar uma queda de juros na próxima reunião, em setembro.
Já no Brasil, o mercado parece já ter precificado o impacto da Selic em 10,5% até o fim do ano, e a expectativa vai ficar por conta de eventuais sinais sobre quando a taxa poderá começar a cair novamente ou se a pressão inflacionária dos últimos meses, especialmente após a recente alta dos combustíveis, pode provocar algum movimento no sentido de novas altas – o que, pelo menos até agora, não parece estar no radar dos analistas.
Confira as principais notícias do mercado:
HGRU11 anuncia emissão bilionária para concluir compras
O fundo imobiliário HGRU11 anunciou sua 5ª emissão de cotas, com a intenção de captar a intenção de captar R$ 1,2 bilhão, a fim de concluir duas aquisições que envolvem todos os ativos de dois outros FIIs, o SPVJ11 e o MINT11.
O preço unitário de subscrição para a 5ª emissão de cotas do HGRU11 será de R$ 126,17, considerando R$ 123,51 como valor das cotas e R$ 2,66 em custos de subscrição. A alocação mínima por investidor é de 100 cotas, o equivalente a R$ 12.617,00, com os custos incluídos.
O valor mínimo de captação para a validação da oferta é de R$ 30 milhões. No caso de interesse em montante adicional, a captação pode ser ampliada em 25%, com o valor total chegando a R$ 1,5 bilhão.
VRTA11 informa R$ 50 milhões em novas alocações
O fundo imobiliário VRTA11 informou em seu novo relatório gerencial a alocação de R$ 50 milhões em duas novas operações: foram investidos R$ 35 milhões no CRI Unimed,com remuneração de IPCA + 8,75% ao ano e vencimento em março de 2037, e R$ 15 milhões no CRI Gafisa II, com remuneração de IPCA + 11% ao ano e vencimento em maio de 2027.
O FII, sob gestão da Fator, reportou em junho um resultado líquido de R$ 13,1 milhões, mantendo a distribuição de dividendos em R$ 0,90 por cota, com um dividend yield anualizado de 10,64% e um saldo acumulado de reserva de R$ 0,64 por cota.
RRCI11 reforça caixa com resultado “extraordinário”
O fundo imobiliário RRCI11 divulgou a obtenção de um resultado extraordinário no mês de junho, em virtude da amortização do CRI CONX. O valor em caixa será utilizado para novos investimentos.
Segundo a gestora, a estratégia é “aumentar a diferença média entre os retornos financeiros, de forma a manter uma relação equilibrada e sustentável entre risco e retorno em seu portfólio”.
O FII gerido pela RB Capital, ainda fez um aumento de alocação de ativo de sua carteira, investindo R$ 107 mil no CRI Convisa e manteve a distribuição de dividendos em R$ 0,85 por cota, um dividend yield anualizado de 13,38%. O fundo ainda possui um resultado realizado e ainda não distribuído no valor de R$ 0,45 por cota.
BTG propõe fusão do BCFF11 com o BTHF11
Os investidores do fundo imobiliário BCFF11 foram convocados para opinar em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) sobre a possibilidade de fusão com outro FII do BTG Pactual, o BTHF11, que atua no mercado cetipado.
O BTG Pactual afirma que, ao avaliar o atual contexto econômico e o mercado, acredita que a fusão entre os fundos possa beneficiar os investidores dos FIIs com a “extração do que há de melhor em cada um deles”.
Em material de apoio divulgado pelo banco, alega-se que, apesar de os FIIs BCFF11 e BTHF11 coexistirem “muito bem”, há uma percepção de que há “muitas sinergias e virtudes subaproveitadas, algo que, para um mercado de grande concorrência, não pode ser negligenciado”.