IRDM11, RBRF11, SNFZ11 e TRXY11 são destaques do Bom Dia FIIs (23/7)
IRDM11 e RBRF11 podem se fundir com outros FIIs das mesmas gestoras; SNFZ11 atualizou guidance de dividendos para o 3º trimestre.


Os fundos imobiliários IRDM11, RBRF11 e TRXY11 e o Fiagro SNFZ11 estão entre os destaques desta quarta-feira (23), dia seguinte a mais um pregão de queda do IFIX.

O índice de FIIs fechou em 3.440,95 pontos, queda de 0,09% em relação à véspera, depois de operar em alta durante toda a manhã e entrar no patamar negativo à tarde. Após atingir a mínima do dia, por volta das 15h30, o índice ensaiou uma recuperação, mas não conseguiu alcançar o patamar da véspera.
Especialistas afirmam que o IFIX sente o reflexo de um momento em que o mercado de capitais está andando “de lado” à espera de decisões mais concretas sobre a tarifa de importação que deve ser aplicada pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Além disso, começa a entrar no radar dos investidores a “Super Quarta” da semana que vem, com anúncio de decisões de juros tanto nos EUA quanto no Brasil.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários.
Dividendos do SNFZ11 manterão novo patamar no 3º trimestre, diz Suno Asset
Os dividendos do SNFZ11 serão mantidos no patamar deste mês, ampliado em relação às distribuições anteriores, ao menos pelos próximos três meses. A Suno Asset, gestora do fundo, confirmou essa informação no relatório gerencial de junho, publicado nesta semana.
O pagamento de R$ 0,10 por cota, que será realizado nesta sexta-feira (25), de acordo com a posição dos investidores ao fim do pregão de 15 de julho, representa um aumento de 53,8% em relação aos valores anteriores, de R$ 0,065 por cota. Esse ajuste se deu após a aquisição de duas novas fazendas pelo fundo
Os imóveis Xavante e Estrela da Gaúcha se localizam em Gaúcha do Norte, o mesmo município em Mato Grosso onde fica a Fazenda Coliseu, primeiro ativo adquirido pelo fundo dentro da tese de buscar valorização patrimonial a partir do aprimoramento da infraestrutura.
Assim como esse imóvel, as novas fazendas estão locadas à Jequitibá Agro e rendem, cada uma, uma receita mínima de 15 sacas de soja por mês. O valor da Coliseu está acima, em torno de 17 sacas por mês, depois de um aumento na produtividade da safra 2024/25.
TRXY11 anuncia 2ª emissão de cotas, com intenção de captar R$ 200 milhões
O fundo imobiliário TRXY11, sob gestão da TRX Gestora de Recursos e administrado pela BRL Trust, deu início à sua 2ª emissão de cotas da Classe Única. A oferta, destinada exclusivamente a investidores profissionais, possui montante inicial de R$ 100 milhões, com possibilidade de lote adicional de até 100%, podendo captar até R$ 200 milhões.
O objetivo da nova emissão é fortalecer a capacidade de investimento do fundo e expandir seu portfólio com maior eficiência, mantendo a flexibilidade característica de sua gestão ativa no segmento Multicategoria. A gestora também é responsável pelo TRXF11, fundo híbrido de tijolo.
A aplicação mínima por investidor é de 100 cotas, equivalentes a R$ 936,00, exceto para cotistas que exercerem o direito de preferência, assegurado aos detentores de cotas na data de corte desta segunda-feira (21). O preço de subscrição será de R$ 9,44 por cota, já incluindo a taxa de distribuição primária de R$ 0,08.
Cotistas vão decidir se RBRF11 vai se fundir ao RBRX11
Os investidores dos fundos imobiliários RBRF11 e RBRX11 foram convidados a participar de assembleias gerais extraordinárias (AGEs) para deliberar sobre a fusão entre os dois FIIs. A proposta vem da RBR Asset, gestora de ambos, e propõe a troca dos ativos do RBRF11 por cotas do RBRX11, com o objetivo de consolidar os patrimônios e unificar a gestão dos fundos.
Se aprovada, a operação vai criar um fundo com patrimônio estimado em aproximadamente R$ 1,47 bilhão, contando com mais de 130 mil investidores. A estratégia é manter a essência das ações atuais, porém com maior flexibilidade na gestão do portfólio e uma potencial melhora na liquidez das cotas no mercado secundário.
Na avaliação da RBR, a fusão pode beneficiar os cotistas do RBRX11 ao oferecer um patrimônio mais sólido, o que inclui uma maior facilidade de vender cotas e uma redução nas taxas de administração. Após a consolidação, a taxa de gestão será reduzida de 1,1% para 0,8% ao ano, pelo prazo de seis meses, que deve gerar condições financeiras melhores para os investidores.
Gestora explica tese do IRDM11 sobre compra de imóvel e retira taxa do IRIM11
A Iridium anunciou a suspensão definitiva da taxa de performance do fundo imobiliário IRIM11, que está em processo de fusão com o IRDM11. A decisão foi uma resposta às reações negativas do mercado à proposta para o futuro dos dois fundos, que devem entrar em processo de fusão, com conclusão prevista para novembro.
A intenção inicial era estabelecer uma carência para a taxa, mas, diante da resistência expressa pelos investidores, a decisão foi pela sua eliminação definitiva. A prioridade da gestora atualmente é obter a aprovação dos cotistas na assembleia geral extraordinária (AGE) em que é solicitada a autorização para uma nova emissão de cotas do IRDM11. A captação prevista é de até R$ 120 milhões, que serão utilizados na aquisição de cotas de um fundo que possui um imóvel estratégico situado em São Paulo.
A gestora não divulgou detalhes específicos do imóvel devido a acordos de confidencialidade, mas confirmou que se trata de um edifício de lajes corporativas com vacância como principal desafio. A equipe, porém, enxerga potencial de valorização e crescimento para possível revenda com lucro do imóvel num momento posterior e, portanto, defende a aquisição.