GARE11, HSML11, ALZR11 e RBVA11 são destaques do Bom Dia FIIs (24/7)
GARE11, ALZR11 e RBVA11 divulgaram relatórios detalhados; HSML11 anunciou aprovação de oferta de R$ 62 milhões para realizar duas aquisições.


Os fundos imobiliários GARE11, HSML11, ALZR11 e RBVA11 estão entre os destaques desta quinta-feira (24), dia seguinte a mais um pregão de queda do IFIX, o sétimo consecutivo.

O índice de FIIs fechou nesta quarta-feira (23) em 3.432,71 pontos, recuo de 0,24% em relação à véspera. É o menor valor desde 23 de junho, quando o índice havia parado em 3.429,82 pontos.
Com esse resultado, o índice de FIIs já acumula 0,93% de queda apenas nesta semana, e recua 1,47% em julho. O mês, desta forma, se encaminha para fechar em resultado negativo pela primeira vez desde janeiro, após cinco altas consecutivas.
Num dia em que outros indicadores reagiram de forma positiva, com alta no Ibovespa e queda do dólar, o mercado de FIIs começou o dia em alta e atingiu a máxima nos primeiros minutos, mas entrou em patamar negativo ainda na primeira hora. O IFIX ainda reagiu no começo da tarde, mas recuou novamente e fechou pouco acima da mínima.
Confira as principais notícias dos fundos imobiliários.
HSML11 quer captar R$ 62 milhões para adquirir dois shoppings em SP
O fundo imobiliário HSML11 aprovou junto a seus cotistas a realização de sua 5ª oferta de emissão de cotas, no valor de R$ 62 milhões. O objetivo é ampliar para 69% a participação no SuperShopping Osasco, na região metropolitana de São Paulo, hoje em 58,8%, e adquirir 24% no Shopping Patio Cianê, Sorocaba, a 90 km da capital.
Na proposta apresentada aos cotistas, o fundo alegou que o faturamento do SuperShopping Osasco cresceu 76% nos últimos 5 anos, pautado principalmente pela mudança de mix com foco em lazer e gastronomia. A projeção é de aumento ainda maior na receita, devido à mudança na política de cobrança de estacionamento. O cap rate anual estimado da transação é de 9,6%, e o valor da aquisição é de R$ 29,1 milhões.
No caso do shopping em Sorocaba, construído nas instalações de uma antiga fábrica de tecidos, o empreendimento é apresentado como promissor pelo potencial de crescimento para os próximos anos, “puxado por incrementos de receita dos setores de gastronomia e lazer”. O custo da transação será de R$ 71 milhões, com cap rate previsto de 9,7% ao ano.
RBVA11 anuncia lucro de R$ 15,2 milhões e mantém valor de distribuição de dividendos
O fundo imobiliário RBVA11 divulgou seus resultados referentes ao mês de junho, apresentando um lucro de R$ 15,237 milhões. Este valor representa uma redução em relação ao resultado de quase R$ 19,804 milhões registrado em maio. Apesar da diminuição, o fundo manteve o patamar de distribuição de dividendos aos seus cotistas.
Em junho, o RBVA11 pagou R$ 14,052 milhões em dividendos, o que equivale a R$ 0,09 por cota. As receitas totais do período somaram R$ 17,891 milhões, compostas por R$ 17,515 milhões provenientes de ativos imobiliários e R$ 376,18 mil originados de aplicações financeiras. As despesas do fundo alcançaram R$ 2,654 milhões, refletindo os custos operacionais e de gestão.
Para o segundo semestre de 2025, a Rio Bravo, gestora do RBVA11, projeta manter os dividendos de R$ 0,09 por cota, divididos em R$ 0,08 de resultado recorrente e R$ 0,01 de resultado não recorrente. Essa projeção considera fatores como o reajuste inflacionário dos contratos de aluguel, o pipeline de vendas de ativos e a geração de receita com novas locações, incluindo o contrato do futuro imóvel BTS da Portobello.
ALZR11 tem alta de 15% no lucro e amplia dividendos; saiba mais
O fundo imobiliário ALZR11 fechou o mês de junho com resultado financeiro de R$ 12,511 milhões, um crescimento de 15,6% em relação ao lucro obtido em maio, que foi de R$ 10,822 milhões. A distribuição de dividendos referente ao lucro caixa de junho será de R$ 0,0937 por cota, a serem pagos na próxima sexta-feira, 25 de julho. Investidores com posição no fundo até 18 de julho terão direito ao rendimento.
Este foi o segundo maior pagamento da história dos dividendos do ALZR11, superado apenas pelo rendimento de R$ 0,565069 por cota distribuído em setembro de 2022. Segundo a Alianza Trust, gestora do fundo, a reserva de lucros mantida é de R$ 0,025 por cota, numa estratégia de preservação de capital para suporte às futuras distribuições e operações.
Em junho, as receitas do ALZR11 totalizaram R$ 13,7 milhões, enquanto as despesas permanecem em R$ 1,188 milhão. O saldo de caixa e valores mobiliários ao final de junho atingiu R$ 254 milhões, o equivalente a 19% do patrimônio líquido. Para o segundo semestre de 2025, a gestora projeta rendimentos mensais entre R$ 0,080 e R$ 0,082 por cota, considerando somente valores provenientes de aluguéis e aplicações financeiras.
GARE11 detalha venda de imóveis e destaca redução da alavancagem
O fundo imobiliário GARE11 divulgou em seu relatório de maio detalhes sobre a operação de venda de 10 imóveis de seu portfólio de Renda Urbana, que inclui ativos alugados ao GPA e ao Grupo Mateus em diferentes regiões do Brasil. Essa transação, anunciada em 26 de junho, tem potencial de gerar um lucro bruto entre R$ 135 milhões e R$ 156 milhões.
Além disso, a estratégia vai contribuir para reduzir a alavancagem do fundo em aproximadamente R$ 355 milhões. De acordo com a gestora, a Guardian, a estrutura da operação prevê que o GARE11 permaneça exposto aos ativos por meio de cotas subordinadas no fundo comprador, refletindo a confiança na qualidade do portfólio vendido e na valorização futura dos imóveis.
Essas cotas subordinadas possibilitam que o GARE11 participe de ganhos excedentes ao rendimento pactuado, que atualmente está fixado em IPCA + 9% ao ano. O pagamento pela venda acontecerá ao longo de um período de 24 a 60 meses, de acordo com o cronograma do novo fundo criado para essa aquisição.