HGLG11, CPTS11, VGHF11 e SNCI11 são destaques do Bom Dia FIIs (28/8)

HGLG11 informa sobre incidente em obra; CPTS11, VGHF11 e SNCI11 detalham movimentação em relatórios gerenciais.

HGLG11, CPTS11, VGHF11 e SNCI11 são destaques do Bom Dia FIIs (28/8)
Vista aérea do imóvel do HGLG11 em Simões Filho (BA) - Foto: Divulgação

Os fundos imobiliários HGLG11, CPTS11, VGHF11 e SNCI11 estão entre os destaques desta quinta-feira (28), dia seguinte à quinta alta consecutiva do IFIX, principal índice do mercado de fundos imobiliários.

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O IFIX renovou nesta quarta-feira (27) sua máxima de agosto ao fechar o pregão em 3.441,52 pontos. Foi a quinta alta consecutiva, desta vez de 0,04% — a mais fraca da série iniciada na última quinta-feira (21). O índice abriu em alta, mas, depois de atingir a máxima logo nos primeiros minutos, oscilou quase todo o dia em torno do resultado anterior, batendo na mínima logo depois das 16h. 

Logo depois, porém, o IFIX se recuperou e o resultado voltou ao patamar positivo, confirmado no momento do fechamento. O dia foi de oscilação também no mercado de juros, com quedas leves em relação aos valores da véspera. No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 oscilou de 13,977% no ajuste de terça para 13,965%.

Confira as principais notícias dos fundos imobiliários:

SNCI11 mantém foco em dividendos previsíveis no guidance do 3º trimestre

O fundo imobiliário SNCI11 anunciou em relatório gerencial seu novo guidance de dividendos até o fim do terceiro trimestre, no intervalo de R$ 1,00 a R$ 1,10 por cota ao mês. Ou seja, o FII deve repetir nos próximos dois meses, no mínimo, o mesmo valor de distribuição realizada nos últimos 14 meses, de R$ 1,00.

A decisão segue a premissa da Suno Asset de entregar previsibilidade na distribuição de rendimentos aos cotistas, mesmo com uma carteira atrelada majoritariamente ao IPCA, índice oficial de inflação do país, que oscila mensalmente. As receitas reproduzem a inflação com um intervalo que varia de 30 a 60 dias, e o fundo prefere usar mecanismos de reserva em vez de apresentar dividendos que oscilam a cada mês.

Em julho, por exemplo, o resultado distribuível líquido foi de R$ 4,246 milhões, alta de 13,29% sobre o mesmo indicador em junho, de R$ 3,748 milhões. O lucro permitiu não só o pagamento dos dividendos, no total de R$ 4,2 milhões, como a ampliação da reserva para R$ 0,24 por cota.

CPTS11 faz projeção dos dividendos que pagará até o fim do ano

O fundo imobiliário CPTS11 registrou um resultado líquido de R$ 27,719 milhões no mês de julho, um leve aumento frente aos R$ 27,487 milhões alcançados em junho. Para atingir esse desempenho, a receita do fundo somou R$ 38,989 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 11,27 milhões.

Os cotistas receberam uma distribuição de R$ 0,086 por cota em dividendos, encerrando o período com um resultado acumulado de R$ 0,001 por cota ao longo do mês. O preço de mercado fechou o mês de julho em R$ 7,28 por cota, apresentando um desconto de aproximadamente 17,9% em relação ao valor patrimonial de R$ 8,87.

Ainda no relatório, a Capitania, gestora do FII, determinou o guidance de dividendos do CPTS11 entre R$ 0,075 e R$ 0,095 por cota. Se a distribuição se mantiver perto do centro do guidance, como nos últimos meses, a rentabilidade anualizada ficará próxima de 15%, considerando o preço de fechamento de julho, de R$ 9,28, como referência.

VGHF11: lucro cai 16%, mas dividendos passam de 12% ao ano

O fundo imobiliário VGHF11 apresentou uma queda de 16% no resultado líquido de julho, realizando um lucro de R$ 14,117 milhões, contra R$ 16,979 milhões registrados em junho. Durante esse período, as receitas totais atingiram R$ 15,842 milhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 1,724 milhão.

No mês, os cotistas receberam R$ 0,09 por cota em rendimentos, o que equivale a uma rentabilidade líquida anualizada de 12,1% sobre a cota patrimonial ao final de junho. Na análise dos últimos 12 meses, a distribuição total de dividendos acumulados atingiu R$ 1,08 por cota, representando um retorno líquido de aproximadamente 13,3% ao ano, ou IPCA + 7,6% ao ano, considerando a inflação acumulada.

Durante julho, o fundo realizou um movimento relevante ao realizar um aporte de R$ 52,5 milhões em cotas do FII Valora FOF, por meio da integralização de ativos previamente já presentes na carteira. Essa operação ocorreu a preços de mercado e sem impacto financeiro imediato. O objetivo do VGHF11 é investir em cotas de fundos imobiliários com uso de alavancagem, buscando ganho de capital no médio e longo prazo.

HGLG11 explica ações tomadas após acidente em obra na Bahia

O fundo imobiliário HGLG11 confirmou ter ocorrido um incidente durante as obras de expansão de seu imóvel logístico localizado em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador (BA). A gestão explica que houve um deslizamento em uma contenção em fase de execução, mas destaca que não houve vítimas nem impactos ambientais. O galpão principal permaneceu intacto e uma área externa foi isolada e avaliada tecnicamente.

Segundo informações do Patria Investimentos, gestor do HGLG11, as ações de reparo e correção estão sob responsabilidade das empresas contratadas, acompanhadas por consultores de engenharia e geotécnicos, garantindo a segurança e controle do processo. A obra está sob regime de Preço Máximo Garantido (PMG). Além disso, todas as apólices de seguro necessárias estão em vigor, o que reduz o risco de impacto financeiro para o fundo.

A fase 1 do projeto, com 39 mil metros quadrados e locada ao Mercado Livre, permanece totalmente operacional, sem qualquer interrupção na locação ou impacto nas receitas do HGLG11. A fase 2, com previsão de entrega em 30 de setembro, conta com 34.379 metros quadrados.

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foto: Fernando Cesarotti
Fernando Cesarotti
Editor

Jornalista, editor do FIIs.com.br. Graduado em Jornalismo pela Unesp, com pós-graduação em Jornalismo Literário, com 25 anos de experiência em coberturas de economia, política e esportes. Passagem também pelo meio acadêmico, como professor universitário em cursos de Comunicação e líder de empresa júnior.

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