Em meio à crise dos CRI, CPTS11 aposta em reciclagem da carteira

O fundo Capitania Securities II (CTPS 11) é administrado pelo BTG Pactual Serv. Fin. S/A DTVM e com gestão da Capitânia Investimentos vem reciclando a carteira, buscando títulos de menor risco a fim de evitar problemas com o crescente casos de default no mercado de CRI.

Em meio à crise dos CRI, CPTS11 aposta em reciclagem da carteira
Como o risco de crédito pode afetar os FIIs de tijolo? Foto: Unsplash

O fundo Capitania Securities II (CTPS11), administrado pelo BTG Pactual e com gestão da Capitânia Investimentos, vem reciclando a carteira e buscando títulos de menor risco a fim de evitar problemas com o crescente casos de default no mercado de CRI.

“Temos observado um aumento substancial nos casos de default e pedidos de carência. Acreditamos que o CPTS possua uma carteira resiliente o suficiente para passar por este momento sem percalços”, declarou a gestora em relatório gerencial.

Segundo o documento, o foco atual da gestão continua sendo o aumento da taxa média de aquisição dos papéis via reciclagem da carteira em operações de mesmo perfil de crédito high grade a taxas mais altas, acompanhando a abertura da curva de juros.

Além de reciclar suas posições em CRI, o fundo vem buscando negociar outros ativos, como os FII, visto que os preços de “tela” estão em descompasso com a realidade.

Para isso, a gestão de CTPS11 está organizando assembleias com tais fundos para definir como será feita a busca por compradores para seus ativos.

“Pensando em destravar valor em posições que possuímos participação relevante, estamos convocando assembleias em alguns fundos para que seja realizada a prospecção de possíveis compradores para os ativos dos fundos, com o objetivo de fazer com que as posições, atualmente marcadas pelo preço de tela, convirjam para o preço dos ativos no mundo das negociações privadas.”

Saiba mais sobre o CPTS11

Em abril, foram pagos R$ 0,71 por cota, referente ao resultado do mês de março, rentabilidade equivalente a 93,72% do CDI.

Nos últimos 12 meses, o total de dividendos chega aos R$ 10,57, com uma média de R$ 0,90 por cota. Em comparação, o CDI proporcionou um rendimento equivalente a R$ 9,60, no mesmo período.

Em março, o CPTS11 adquiriu R$ 954 milhões em CRIs, a uma taxa média de IPCA + 6.60%, spread de 1.28% e vendeu R$ 957 milhões em CRIs a uma taxa média de IPCA + 6.58%, spread de 1.30%. De acordo com o comentário do gestor, algumas destas operações serão recompradas.

CPTS11 também possui operações alavancadas com CRI na carteira, onde R$ 392 milhões estão compromissadas com CRI (14.0% do PL). Essa alavancagem tem um custo de CDI + 0.77% a.a.

Considerando a alocação de 68,5% do patrimônio do fundo em CRI, a gestão do FII enxerga o momento macroeconômico mundial e nacional como delicado.

As altas taxas de juros vêm encarecendo o crédito e diminuindo as emissões de novos títulos, além de retirar grande parte dos players dos negócios com CRI, reduzindo a liquidez.

Visto que o cenário de juros maiores pode permanecer por mais tempo, a gestora vem mantendo o foco em reciclar a carteira buscando títulos “high grade” que possuem risco menor e mais liquidez.

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foto: Oliver Imhof Chwang
Oliver Imhof Chwang

Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Oliver atuou como analista contábil por mais de 12 anos e possui 13 anos de experiência como investidor e 8 anos de Ghostwriter.

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