FII negocia em volume 6 vezes acima da média em dia de derrocada do IFIX
Um FII que vem registrando boa liquidez teve mais de 1,6% de suas cotas negociadas no pregão de fundos imobiliários desta quinta-feira (13).
O FII RBRF11 teve uma negociação muito acima de sua média normal no pregão desta quinta-feira (13), em que o IFIX, principal índice de fundos imobiliários, teve seu pior resultado do ano, com queda de 0,74% em relação à véspera, em 3.295,71 pontos, seu valor de fechamento mais baixo em 2024.
Ao longo do pregão, o RBRF11 liderou o volume de cotas negociadas, com exatas 2.276.922 unidades trocando de mãos, o que representa 1,66% do total da propriedade do fundo, formado por 136.807.700 cotas. Em maio, ele foi o oitavo fundo mais negociado em volume de cotas, com 6.578.275 unidades mudando de propriedade ao longo de todo o mês – hoje, o volume foi superior a um terço desse montante.
O volume financeiro passou de R$ 16 milhões, mais que o sêxtuplo de sua média diária no mês de maio, de R$ 2,493 milhões, e pouco menos de um terço do volume total registrado em maio, de R$ 52,3 milhões.
Nos dias anteriores desta semana, o RBRF11 vinha sendo negociado em volume normal para sua média, mesmo depois do anúncio de dividendos feito na terça-feira (11), no valor de R$ 0,055 por cota, o mesmo do mês anterior.
Com patrimônio líquido acima de R$ 1,2 bilhão, o equivalente a R$ 8,89 por cota, o FII RBRF11 terminou o pregão amargando uma das piores quedas do dia, de 3,63%, negociado a R$ 7,18, uma relação P/VP de 0,807x, o que mostra um preço bastante descontado.
RBRF11: conheça mais sobre o fundo
Embora venha ampliando recentemente seu escopo, de FOF (fundo de fundos, que negocia prioritariamente cotas de outros FIIs) para o segmento de multiestratégia, o que permite alocação em outros ativos do mercado imobiliário, o RBRF11 ainda tem a maior parte de seu patrimônio, cerca de 70%, alocado em FIIs.
Analistas consideram os FOFs uma espécie de espelho do mercado de FIIs. Eles lucram com a compra e venda de cotas de fundos imobiliários e também com os dividendos arrecadados, mas, em momentos ruins para o IFIX, eles tendem a perder tração e a amplificar o resultado negativo.
É o que vem acontecendo com o RBRF11, que desde o dia 31 de maio acumula queda de 10,81% em seu valor de mercado, depois de fechar o mês cotado a R$ 8,05 – no mesmo período, o IFIX caiu 1,81%.
A distribuição de dividendos do FII RBRF11 no patamar de R$ 0,055 por cota representa um dividend yield mensal de 0,72% com base na cotação de R$ 7,65 da data com. O pagamento será feito na próxima terça-feira (18) aos investidores que estavam posicionados ao fim do pregão do dia 11.