BBIG11 lucra R$ 6,9 mi e projeta patamar de dividendos


O fundo imobiliário BBIG11 encerrou julho com resultado líquido de R$ 6,9 milhões e manteve a distribuição de R$ 0,08 por cota, o que representa um dividend yield de 1,14% no mês. O retorno equivale a 89% do CDI líquido de IR e, quando ajustado para uma alíquota de 15% de imposto de renda, chega a 104,7% do CDI.

Do total de receitas em julho, R$ 6,9 milhões vieram da operação dos shoppings e R$ 517 mil de juros em operações compromissadas com títulos públicos. A distribuição foi mantida estável em relação aos meses anteriores.
A performance reforça a atratividade do fundo, que conta atualmente com 31.742 cotistas, número 0,77% maior em relação ao mês anterior. As cotas movimentaram R$ 22,8 milhões em volume financeiro no período, em mais de 41 mil transações.
Nos shoppings que compõem seu portfólio — Pátio Paulista, Pátio Higienópolis e Rio Sul — o fundo registrou baixa vacância, de 2,68%, e crescimento de 8,4% nas vendas mesmas lojas (same store sales). As margens de NOI permaneceram acima de 90%.
Guidance do fundo imobiliário
O BBIG11 anunciou a manutenção da distribuição de R$ 0,08 por cota em julho, alinhada à consistência dos resultados operacionais dos shoppings do portfólio e à expectativa de maior aquecimento das vendas no segundo semestre.
A BB Asset destacou que, mesmo com o aumento planejado da vacância no Shopping Rio Sul, necessário para a entrada de novas lojas, a perspectiva é de estabilidade na remuneração aos cotistas.
Segundo a BB Asset, a decisão do fundo imobiliário considera a solidez dos ativos e as projeções de desempenho, que devem sustentar o nível atual de dividendos.
BBIG11: estrutura de capital em ajuste
Diante do mercado restrito para novas captações, a gestão recorreu a alavancagem para viabilizar a aquisição dos shoppings Pátio Paulista e Higienópolis.
Atualmente, a relação entre obrigações e patrimônio líquido é de 75%, enquanto sobre os ativos a alavancagem está em 45%.
Segundo a gestora, a situação de caixa de curto prazo já está em processo avançado de equalização, mas a estrutura de capital ainda não está no patamar considerado ideal.
A gestão reforça, no entanto, a qualidade dos ativos e afirma que trabalha em soluções para otimizar a alavancagem e gerar mais valor aos cotistas.