Fundo imobiliário com vacância zerada perderá inquilino; Dividendos serão afetados?

Um fundo imobiliário com vacância zerada perderá inquilino. Mas será que essa rescisão pode impactar os dividendos desse FII? Saiba agora.

Fundo imobiliário com vacância zerada perderá inquilino; Dividendos serão afetados?
Fundo imobiliário com vacância zerada perderá inquilino; Dividendos serão afetados? Foto: Pixabay

O fundo imobiliário BRCO11 informou que o Carrefour (CRFB3) decidiu rescindir antecipadamente seu contrato de locação de imóvel, que havia sido celebrado em 18 de dezembro de 2013.

Conforme destacado em seu último relatório gerencial, o FII BRCO11 tinha vacância física zerada até o final de julho. Com a rescisão antecipada deste contrato, o fundo terá uma ocupação de 93,1%.

A rescisão do contrato faz referência a uma área de 20.168,00 m², correspondente a 29% da Área Bruta Locável (ABL) do imóvel Bresco Contagem. Essa locação representa cerca de R$ 0,04 por cota.

O contrato tem um período de vigência até 31 de dezembro de 2028 e prevê um aviso prévio de 6 meses para que o imóvel seja desocupado de forma antecipada, assim como uma indenização equivalente a 6 vezes o valor do aluguel vigente reajustado pela variação do IGP-M.

Segundo a gestão do fundo imobiliário BRCO11, a rescisão antecipada do Carrefour não deverá impactar a projeção de dividendos do FII, que foi divulgada em 20 de junho.

Na época, a gestora comunicou a expectativa de que o patamar de dividendos do BRCO11 fique em R$ 0,87 por cota ao mês, conforme apurações realizadas em junho de 2023. A nova projeção considerou o desempenho operacional do fundo e os eventos divulgados recentemente, referentes às movimentações do seu portfólio.

No que investe o BRCO11?

O BRCO11 é um fundo imobiliário do segmento de imóveis industriais e logísticos. O FII tem 10 propriedades com 392 mil m² de área bruta locável (ABL), assim como um potencial de crescimento de 7% nessa área.

A carteira desse fundo conta com uma receita anual estabilizada de mais de R$ 130 milhões, dos quais 25% vêm de propriedades situadas na cidade de São Paulo.

Ao final de julho, seus contratos de locação tinham um prazo médio remanescente de 5,2 anos, sendo 35% deles atípicos. Nove das dez propriedades do BRCO11 têm classificação A+.

O resultado do fundo BRCO11 em julho foi de R$ 24,418 milhões, cerca de 3,6 vezes superior ao lucro registrado em junho, que foi de R$ 6,803 milhões. Referente ao último resultado divulgado, o FII distribuiu um total de R$ 12,858 milhões em dividendos, equivalente a R$ 0,87 por cota.

A rentabilidade total do BRCO11 desde o seu início é de 55,3%, enquanto do IFIX foi de 9,6% no mesmo período de comparação. Já o seu número de investidores cresceu 15 vezes desde seu IPO, totalizando mais de 113,7 mil cotistas.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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