“Novo fundo imobiliário (BROF11) quer pagar muitos dividendos”, afirma CEO da BR Properties

Veja como o BROF11 quer ser um grande pagador de dividendos do setor de lajes corporativas

“Novo fundo imobiliário (BROF11) quer pagar muitos dividendos”, afirma CEO da BR Properties
Martín Jacó, CEO da BR Properties

A BR Properties lançou oficialmente no dia 3 de abril seu primeiro fundo imobiliário de lajes corporativas, o BROF11. Em entrevista ao Suno Notícias em parceria com o FIIs.com.br, o CEO da companhia, Martín Jacó, disse que o novo FII “tem vocação para ser um grande pagador de dividendos”. 

Com dois imóveis premium, a gestora do BROF11 aposta na qualidade dos ativos para gerar renda recorrente. O primeiro imóvel, o Passeio Corporate, é um triple A situado no centro do Rio de Janeiro, numa região carente de ativos desse porte. Com taxa de ocupação de 96%, o imóvel teve redução de vacância justamente em período de pandemia.

O segundo imóvel, o Águas Clares, situa-se em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. Ele está 100% locado para a Vale, por meio de um contrato atípico de longo prazo. 

Mesmo com foco na geração de renda, a gestora também abre espaço para o ganho de capital: “a gestão do fundo imobiliário observará o mercado: se o preço for bom, a gente vende”, comenta Jacó.

O CEO da BR Properties afirma que na pandemia, o mercado ficou mais exigente. Por isso, a gestora do BROF11 acredita que o diferencial dos fundos do segmento de escritórios está em uma carteira com ativos premium: “prédios de qualidade sempre geram demanda”, destaca o CEO. 

Como iniciar um fundo imobiliário de lajes corporativas nesse contexto de juros elevados?

A BR Properties tinha o interesse de começar um fundo imobiliário desde 2017. O fundo foi criado com a redução de capital do BRPR3. Neste caso, o FII já “nasceu robusto”, com um patrimônio líquido de R$ 1,2 bilhão.

A gestora acredita que começar um fundo imobiliário de lajes corporativas em 2023 é ainda melhor, principalmente devido ao preço dos ativos, que estão muito descontados.

André Bergstein, diretor financeiro e de relações com investidores, comentou que a alta dos juros influenciou todo o mercado de FIIs. “Fica muito difícil ‘brigar’ com a renda fixa a 13,75%”.

Porém, o executivo acredita que o mercado sabe que a taxa de juros pode cair. “Quando o mercado vislumbrar que essa taxa está mais próxima da queda, os preços podem subir. Até o fim do ano, a gente pode ver essa mudança com maior interesse em fundos imobiliários”, finaliza Bergstein.

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foto: Gustavo Silva
Gustavo Silva

Jornalista com doutorado pela UFMG e produtor de conteúdo da unidade de mídias da Suno. Também trabalha no Suno Notícias e Funds Explorer, fazendo a cobertura de FIIs, Fiagro e FI-Infra.

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