Dividendos do IRDM11 caem ao menor patamar de 2023; Entenda os motivos

Os dividendos do IRDM11 recuaram ao menor nível deste ano. Veja os motivos que levaram a queda dos dividendos do IRDM11.

Dividendos do IRDM11 caem ao menor patamar de 2023; Entenda os motivos
Fundos imobiliários e Fiagros vão ser taxados? Entenda as mudanças que acabaram de acontecer. Foto: Pixabay

O fundo imobiliário IRDM11 divulgou relatório gerencial de julho, onde destacou a distribuição de dividendos realizada no dia 16 de agosto, no valor de R$ 0,808716 por cota. Essa quantia corresponde a uma remuneração equivalente a 99,13% do CDI, já isenta de IR.

Assim, os dividendos do IRDM11 alcançaram o menor patamar desde dezembro de 2022, quando o fundo pagou R$ 0,70156 por cota. O resultado mensal de julho foi de R$ 29,464 milhões, abaixo dos R$ 31,877 milhões registrados em junho.

Em relação ao mês anterior, os rendimentos do IRDM11 tiveram uma queda de aproximadamente R$ 0,07 por cota. Segundo a gestão, isso ocorreu em razão do resultado mais baixo advindo de correção monetária.

A gestora destaca que o valor acumulado de correção monetária em certos ativos é de R$ 17,8 milhões, o que contribui para a diminuição de impactos da baixa nos dividendos futuros do FII.

IRDM11: como os FIIs de CRIs vão se comportar na baixa da Selic?

A gestão do IRDM11 explica que a queda da Selic favorece a qualidade das operações que estão associadas ao avanço da economia brasileira, sendo um dos exemplos as operações de incorporação.

Nesse cenário, os fundos imobiliários e os CRIs são ativos que podem ter um avanço relevante com o fechamento da curva de juros, o que favorece a cota patrimonial do FII IRDM11.

Atualmente, o Iridium Recebíveis Imobiliários conta com 2,84% do patrimônio líquido em caixa. A quantia pode ser utilizada para aproveitar eventuais oportunidades de investimento e para atualizar o portfólio do fundo.

Com quedas mais expressivas da Selic, o mercado de fundos imobiliários poderá ter um avanço mais relevante de captações.

No entanto, o recuo da inflação poderá gerar um impacto negativo nos FIIs de CRI, já que os rendimentos gerados por esses FIIs podem ser afetados no início. Assim, apesar dos fundos imobiliários serem favorecidos na Bolsa de Valores com a queda da Selic, os FIIs de CRI podem ter uma recuperação mais “tímida”.

No médio prazo, porém, é projetada uma maior estabilidade nos patamares de inflação, normalizando os rendimentos gerados por esses FIIs, o que permite que esses fundos tenham uma recuperação mais intensa, conforme explicou a gestão do IRDM11.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado financeiro, fundos imobiliários e economia popular.

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