Fundo imobiliário “corta” dividendos em 71% e anuncia 2° menor valor da história

Um fundo imobiliário "cortou" seus dividendos em 71% e anunciou seu 2° menor valor da história. Veja qual FII e o valor dos rendimentos.

Fundo imobiliário “corta” dividendos em 71% e anuncia 2° menor valor da história
KNCR11 revela motivo da queda de seus dividendos. Foto: Pixabay

O fundo imobiliário MGHT11 divulgou um novo pagamento de dividendos, no valor de R$ 0,13 por cota. Em relação ao mês anterior, o rendimento atual mostra uma baixa de 71,11%.

Com esse “corte”, os dividendos do fundo imobiliário MGHT11 atingiram o 2º menor patamar de sua história, ficando acima somente do primeiro rendimento pago pelo FII, que tinha sido de R$ 0,11387445 por cota, em abril de 2020.

O pagamento será realizado em 17 de julho de 2024, sendo destinado somente aos detentores de cotas do FII até o fechamento da sessão de ontem (10) na Bolsa de Valores.

No intervalo de 12 meses, os dividendos do MGHT11 somam R$ 6,56 por cota, o que representa um dividend yield (DY) de 24,66% sobre a cotação atual de R$ 26,60.

Por outro lado, esse alto dividend yield também decorre da grande disparidade entre a cotação a mercado atual e o valor da cota patrimonial, que são de R$ 26,60 e R$ 85,86, respectivamente.

O que aconteceu com os dividendos do fundo imobiliário MGHT11?

Na terça-feira (9), o fundo MGHT11 divulgou que as parcelas de juros da 4ª emissão dos CRIs Selina (séries 128° e 129°), Selina II (séries 143° e 144°), Selina III (séries 163° e 165°) e Selina IV (séries 211° e 216°) venceram em 27 de junho de 2024 e não foram pagas pela Selina Hospitalidade.

Os CRIs em questão correspondem a cerca de 53% do patrimônio líquido do fundo imobiliário. Os papéis foram emitidos pela Opea Securitizadora. Após terminado o período de cura, os CRIs estão inadimplidos e a Selina Hospitalidade já foi informada pela Opea.

A gestão do FII MGHT11 também informou que a mesma empresa não pagou os aluguéis referentes aos Hotéis Selina, que fazem parte do seu portfólio. Os imóveis estão situados na Vila Madalena, São Paulo – SP e no Rio de Janeiro.

Os valores não pagos são referentes a maio de 2024 e tiveram seu vencimento em 25 de junho. “As devedoras foram devidamente notificadas pela gestora e administradora a respeito desses inadimplementos”, diz o comunicado do fundo imobiliário.

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foto: João Vitor Jacintho
João Vitor Jacintho

Redator profissional, com atuação no mercado editorial na produção de notícias e conteúdos sobre o mercado de ações, criptomoedas, fundos imobiliários e economia popular. Graduando em Engenharia Química pela Unesp, também já trabalhei como consultor financeiro.

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