HSML11: Inevitavelmente a economia brasileira terá que ser religada antes da solução da saúde

HSML11: Inevitavelmente a economia brasileira terá que ser religada antes da solução da saúde

HSI Malls FII (HSML11) é um fundo imobiliário administrado pelo Santander Securities Services que teve seu início em meados de 2019 e já faz parte dos 15 FIIs mais negociados na bolsa de valores.

O HSML11 tem como objetivo a obtenção de renda e ganho de capital, mediante investimento em empreendimentos do segmento de Shopping Centers.

Sua gestora, Hemisfério Sul Investimentos, apresentou em seu relatório de resultados, uma carta informando suas expectativas para os próximos meses. Confira.

HSML11: Projeção e perspectiva de mercado para os próximos meses

Os primeiros dois meses de 2020 antecipavam o que esperava-se ser o melhor ano em crescimento econômico desde 2013. Apesar de abaixo do nosso potencial, representaria a consolidação da tendência positiva que passava então a se retroalimentar em um ciclo virtuoso sustentado por uma agenda inédita de reformas.

No entanto, fomos atingidos, o mundo, por uma pandemia, uma crise da saúde, de proporção que não havia sido experimentada por gerações.

As prioridades foram alteradas. Para interromper o avanço do vírus as pessoas precisariam se isolar. O protocolo seguido pela maioria dos países incluía a quarentena total.

A quarentena diminuiria a velocidade de contaminação enquanto daria a cada país tempo para que pudessem se preparar de acordo com sua realidade aumentando o potencial do seu sistema de saúde para enfrentar o vírus.

O limite deste potencial determinaria o tempo de isolamento total.

O Brasil, em estado de calamidade, após semanas de isolamento reavalia constantemente em cada estado e município a equação da saúde enquanto uma outra equação, a econômica, é monitorada com atenção.

A analogia é a de um coma induzido, onde cada país afetado pelo vírus usa sua energia fiscal e monetária para sustentar seus cidadãos até que possam ser “acordados” e então voltarem as suas vidas normais com o mínimo de sequelas possível.

Proteção contra a doença espera-se somente com o desenvolvimento da vacina previsto para 12-18 meses. Enquanto isto, testam-se alternativas de tratamento que carecem de comprovação científica para que possam ser aderidos aos protocolos, e então signifiquem a diminuição da proporção de fatalidade entre os contaminados.

No meio disto, estão nossos shoppings. Hoje todos nossos ativos estão com suas operações suspensas seguindo as determinações do poder público e da ABRASCE.

Assim, qual é o nosso comportamento frente este cenário e qual é nossa perspectiva sobre a evolução da crise?

Adequar e aperfeiçoar o que está sob nosso controle. Custo. Em uma situação de isolamento total, entendemos que a melhor decisão é a suspensão total da operação dos ativos quando assim conseguimos levar as despesas operacionais aos limites mínimos.

Da mesma forma, oferecemos aos nossos lojistas margem para a diminuição dos seus custos. O exercício é construirmos uma ponte para que juntos saiamos com o mínimo de sequelas e então o possamos voltar o mais rápido a nossa forma original.

Solução definitiva como já mencionado somente com o desenvolvimento da vacina e a imunização das populações. Até lá, nosso melhor cenário assume a confirmação de terapias efetivas no tratamento da doença que ajudarão a enfrentar ondas do vírus.

Dito isto, prevemos que inevitavelmente a economia brasileira terá que ser religada antes da solução da saúde, pois o potencial fiscal e monetário do país, além de questões estruturais mais profundas, não sustentam o isolamento mais longo sem que então haja sequelas sociais graves desequilibrando a equação humanitária.

Assim, nosso cenário base assume a volta planejada da quarentena total nos próximos 30 dias. Entendemos que o isolamento será relaxado gradualmente e deveria vir com parâmetros de proteção e distanciamento claros.

Neste contexto base, vemos a normalização do setor, possivelmente um “novo” normal até a vacina e imunização, somente no final do o segundo semestre de 2020 sugerindo uma recuperação, sujeito a alteração dependendo da confirmação das nossas expectativas originais.

Nos dá certeza de que sairemos fortalecidos desta crise, além da convicção sobre o potencial dos nossos ativos, a parceria com nossos investidores, a história da HSI no mercado financeiro e imobiliário e a solidez e consistência gerencial da Saphyr na administração dos ativos.

Até final de fevereiro as vendas dos ativos eram 12,7% maiores que o mesmo período de 2019 e o NOI 5,4% maior. Nossa ocupação é de 95,1%.

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