Fundo imobiliário de escritórios se destaca entre altas após transação; IFIX emenda 2ª queda
Fundo imobiliário BROF11 registrou uma das principais altas no pregão de FIIs desta quarta-feira (16), antes de anunciar dividendos.
O fundo imobiliário BROF11, que atua na gestão de lajes corporativas (escritórios), teve uma das principais altas no pregão de FIIs desta quarta-feira (16), após anunciar uma transação complexa envolvendo um de seus ativos, em Minas Gerais. O dia foi marcado pela segunda queda consecutiva do IFIX.
O índice de FIIs fechou em 3.475,33, queda de 0,12% em relação ao resultado da véspera, num dia em que a cotação ficou em patamar negativo durante a maior parte do período, após uma leve alta nos primeiros minutos.
Na última hora, o IFIX bateu na mínima do dia, com uma leve recuperação antes do fechamento, mas insuficiente para voltar ao patamar positivo. Na semana, o índice já acumula queda de 0,23%.
O mercado segue em compasso de espera de definições entre o Congresso e o governo a respeito da questão do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), após uma audiência sem solução realizada no Supremo Tribunal Federal (STF). “As preocupações com a falta de um acordo também trazem volatilidade ao mercado e também impactam no dólar”, diz Josias Bento, sócio da GT Capital.
Investidores também aguardam sinais mais sólidos sobre a abertura de investigação do governo norte-americano para apurar práticas comerciais supostamente “injustas” do Brasil, que incluem temas como a regulamentação de transações financeiras e o combate à pirataria e ao comércio ilegal.
IFIX – resumo do dia 16/07/2025
- Fechamento: 3.475,33 pontos (-0,12%)
- Mínima: 3.472,43 (-0,20%)
- Máxima: 3.485,36 (+0,17%)
- Acumulado da semana: -0,23%
- Acumulado do mês: -0,24%
- Acumulado do ano: +11,52%
Fundo imobiliário BROF11 fecha na máxima do ano; veja outros destaques
O BROF11 foi um dos destaques positivos do pregão, ao fechar em 1,37%, a R$ 53,22, sua cotação mais alta do ano — superou o fechamento de 27 de maio, em R$ 53,12. Após o fechamento do mercado, o fundo anunciou dividendos de R$ 0,62 por cota, leve alta em relação ao mês passado, quando o valor foi de R$ 0,60.
O fundo anunciou na terça-feira (15), também após o fechamento, o recebimento de cerca de R$ 44 milhões como antecipação de recebíveis por um contrato atípico de longo prazo com a Vale, que tem vencimento em abril de 2030 para a ocupação do Edifício Águas Claras, em Nova Lima (MG). Como o acordo prevê a possibilidade de compra pela mineradora, o fundo informou que fará a baixa contábil da propriedade, como se ela já tivesse sido de fato vendida.
Na outra ponta, o AIEC11, que tinha registrado a maior alta na véspera, reverteu parte dos ganhos, com queda de 1,83%, a R$ 46,12. O TEPP11, também do segmento de lajes corporativas, caiu 1,69%, a R$ 81,30.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 FIIs, vale até o fim de agosto — no fim deste mês a B3 lança a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.
