Fundo imobiliário híbrido se destaca entre altas; IFIX reage, mas fecha julho com queda
Fundo imobiliário TGAR11 teve uma das maiores altas do dia, depois de acumular mais de 10% de perdas no valor de mercado durante o mês.


O fundo imobiliário TGAR11, que atua de forma híbrida no mercado, com diversos tipos de ativos, foi um dos destaques positivos do mercado de FIIs nesta quinta-feira (31), último dia de julho. O pregão foi marcado por reação do IFIX, que voltou a subir após três dias de queda, mas insuficiente para evitar o primeiro resultado negativo mensal desde janeiro.

O índice de FIIs terminou o dia em 3.436,38 pontos, alta de 0,67% em relação à véspera e resultado mais alto desta semana. O avanço, porém, foi insuficiente para reverter uma queda que chegou a mais de 2% no acumulado do mês nesta quarta-feira (30), resultado mais baixo desde 11 de junho, e o resultado final de julho foi uma queda de 1,36%.
Data | IFIX | Variação do mês | Acumulado do ano |
31/01/2025 | 3.020,63 | -3,07% | -3,07% |
28/02/2025 | 3.121,48 | +3,34% | +0,17% |
31/03/2025 | 3.313,09 | +6,14% | +6,32% |
30/04/2025 | 3.412,71 | +3,01% | +9,52% |
30/05/2025 | 3.461,93 | +1,44% | +11,09% |
30/06/2025 | 3.483,77 | +0,63% | +11,79% |
31/07/2025 | 3.436,38 | -1,36% | +10,27% |
O mercado subiu mais de 0,50% logo na abertura e oscilou o tempo todo em torno de 3.430 pontos. Uma arrancada na última hora de negociações levou o IFIX ao fechamento na máxima do dia, mas longe de alcançar os 3.483,77 pontos de 30 de junho ou a máxima histórica de 3.495,42 pontos, obtida em 4 de julho.
Para o mês de agosto, o mercado de FIIs continuará lidando com as expectativas sobre o começo do ciclo de queda da Selic, hoje em 15%, e o impacto das tarifas de importação adotadas pelos EUA. Outro fator importante deve ser a discussão sobre a taxação de dividendos, definida pela Medida Provisória 1.363 para entrar em vigor a partir de 2026.
Com o fim do recesso parlamentar, na semana que vem, o assunto deve entrar na pauta do Congresso, já que a MP precisa ser votada até outubro para não “caducar”, como se diz no linguajar político sobre os textos que perdem a validade. Após uma reação inicial foi bastante negativa, inclusive entre deputados e senadores da base governista, é possível que o texto seja bastante modificado até ser enviado à votação final.
IFIX — resumo do dia 31/07/2025
- Fechamento: 3.436,38 pontos (+0,67%)
- Mínima: 3.413,64 (0,00%)
- Máxima: 3.436,38 (+0,67%)
- Acumulado da semana: -0,25%
- Acumulado do mês: -1,36%
- Acumulado do ano: +10,27%
Fundo imobiliário TGAR11 se destaca entre altas; MXRF11 repete máxima
O TGAR11, FII de mandato híbrido que anunciou dividendos de R$ 1,00 por cota após o pregão, ficou entre as principais altas do dia, com valorização de 2,89% e fechamento a R$ 82,00. Mesmo assim, fechou o mês com queda de 11,06%, depois de terminar negociado em 30 de junho a R$ 92,20. O preço atual tem mais de 25% de desconto em relação ao valor patrimonial por cota, de R$ 111,15.
Na outra ponta, o KORE11 teve uma das principais quedas do dia, de 1,460%, a R$ 73,12. O fundo de imóveis corporativos manteve a distribuição de R$ 1,25 por cota, como nos últimos meses, mas acumulou 12,23% de queda no mês e é negociado com desconto de mais de 30%.
Entre os FIIs de maior popularidade, o MXRF11 subiu 0,73%, a R$ 9,60, repetindo sua máxima do mês antes de anunciar mais uma vez dividendos de R$ 0,10 por cota. O CPTS11, que só divulga os proventos no dia 12, subiu 0,55%, a R$ 7,28.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 FIIs, vale até o fim de agosto. Nesta sexta-feira (1), antes do primeiro pregão de agosto, a B3 divulgará a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.