IRDM11 tem alta nos lucros e amplia pagamento de dividendos em meio a incorporação


O fundo imobiliário IRDM11 apresentou um resultado de R$ 27,898 milhões em setembro, valor que representa um crescimento de 11,4% em relação ao mês anterior, quando o fundo havia apurado R$ 25,038 milhões.

As receitas totais do IRDM11 alcançaram R$ 30,376 milhões, frente a despesas de R$ 2,224 milhões.Como consequência, a Iridium, gestora do FII, ampliou a distribuição de dividendos para R$ 0,76 por cota, com pagamento marcado para quinta-feira (16), de acordo com a posição dos investidores ao fim da sessão de 9 de outubro.
O rendimento corresponde a 92,82% do CDI em termos brutos. O valor é 8,5% maior que a distribuição do mês anterior, que tinha sido de R$ 0,70 por cota. A gestão informou que a reserva de resultados se mantém em cerca de R$ 0,70 por cota e explicou que a decisão de não reter parte do lucro neste mês foi pontual, preservando a política de retenção para períodos de resultados mais elevados.
O desempenho do portfólio do FII IRDM11 em setembro teve influência da variação do IPCA, que apresentou alta de 0,26% em julho e deflação de 0,11% em agosto, patamares bem abaixo dos observados nos meses anteriores.
Essa oscilação reduziu o impacto positivo da correção monetária sobre os CRIs. Por outro lado, o pagamento do CRI Cyano, que estava em atraso, contribuiu para impulsionar o resultado financeiro, já que a quitação incluiu as parcelas de agosto e setembro, elevando o retorno de juros no período.
IRDM11: mais sobre a incorporação ao IRIM11
Um dos principais destaques do mês foi a aprovação da reorganização das carteiras dos fundos IRDM11 e IRIM11, que serão unificados em um único veículo de investimento. Segundo a gestora, a medida busca aumentar a eficiência operacional e proporcionar maior agilidade na gestão dos ativos.
A equipe da Iridium acredita que a fusão deve fortalecer a estratégia do fundo e aumentar o potencial de rendimentos no curto e médio prazos. O IRIM11 também ampliou sua distribuição de dividendos em outubro, para R$ 0,80 por cota, ante R$ 0,72 por cota, com a gestão repetindo a estratégia de distribuir 100% do resultado e deixar a opção de reserva para meses de resultados mais robustos.
O que mudou na carteira em setembro?
Sobre as movimentações da carteira, o fundo imobiliário IRDM11 manteve a política de reciclagem ativa dos ativos, priorizando investimentos com maior previsibilidade de fluxo de caixa e garantias mais sólidas.
Durante setembro, o fundo adquiriu CRIs Portofino 2, no valor de R$ 2 milhões, e CRIs JFL 2, somando R$ 7,9 milhões, no mercado secundário. Outro movimento relevante foi a aquisição de 56,38 milhões de cotas do fundo EZTB, totalizando R$ 100 milhões, operação realizada por meio da oferta primária de cotas do próprio fundo IRDM11.
No período, o fundo não contratou novas operações compromissadas reversas, tendo liquidado integralmente as posições existentes, embora mantenha esse instrumento disponível para gestão de caixa de curto prazo.
Com apenas 2,7% do patrimônio líquido em caixa, o IRDM11 encerrou setembro mantendo uma postura estratégica que busca a otimização dos rendimentos e a preservação da qualidade da carteira.