FIIs RBVA11 e RBED11 têm fusão aprovada por cotistas; veja próximos passos
FIIs RBVA11 e RBED11 têm fusão aprovada por cotistas; veja próximos passos
Os cotistas dos FIIs Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) e Rio Bravo Renda Educacional (RBED11) aprovaram nas respectivas assembleias gerais extraordinários (AGEs) a fusão entre os dois fundos.
A proposta da Rio Bravo, empresa que atua como administradora e gestora dos dois fundos imobiliários, prevê inicialmente a aquisição, pelo RBVA11, de todos os ativos de propriedade do RBED11, que foi constituído para se especializar no setor educacional, pelo valor de R$ 367,65 milhões, equivalente ao atual valor patrimonial do FII.
Esse valor será pago em cotas do RBVA11, a partir de uma nova emissão que deve ser convocada em breve e integralizada pela gestora. Posteriormente, o RBED11 será liquidado e seus cotistas receberão papéis do RBVA11, que se tornará um FII com patrimônio líquido de R$ 2 bilhões alocado em 77 diferentes ativos.
Uma das vantagens da transação, segundo a empresa, é o fortalecimento do RBVA11, um fundo de renda urbana que ganhará em diversificação, com exposição a 11 setores, nenhum deles com concentração acima de 35%, e sem que nenhum inquilino represente mais de 20% dos investimentos.
Anita Scal, sócia-diretora de investimentos imobiliários da Rio Bravo, destaca que a proposta foi aprovada com folga, já que requeria quórum qualificado, ou seja, votos de representantes de 25% das cotas, e os índices de votação chegaram a 35$, no RBVA11, e 44% no RBED11.
“Esse número é relevante, e demonstra que os investidores avaliaram positivamente a proposta. Com a fusão, o fundo passará a contar com 77 imóveis, nenhum setor representando mais de 35% dos ativos investidos, e cerca de 50% das receitas atreladas a contratos que vencem após 2030, garantindo maior segurança e resiliência de renda”, destaca a gestora.
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A sócia da Rio Bravo explica que a fusão tende a gerar valor para os cotistas, aumentando a liquidez e a percepção positiva do fundo no mercado. “Será uma plataforma mais robusta, com maior diversificação e menor risco, o que pode melhorar a precificação em relação aos concorrentes”, ressalta Scal.
Hoje, o RBVA11 atua majoritariamente na propriedade e locação de imóveis de renda urbana de médio e grande porte, com aquisições recentes de imóveis ocupados pelas Lojas Pernambucanas, e também no segmento de agências bancárias, com exposição à Caixa Econômica Federal e ao Santander.
Os imóveis que farão parte da transação estão no quadro abaixo:
Imóvel | Cidade | ABL (m²) | Vencimento | Locatário |
Pitágoras | São Luis/MA | 24.286,83 | 2029 | Cogna |
Unic | Cuiabá/MT | 15.659,20 | 2029 | Cogna |
Pitágoras Timbiras | Belo Horizonte/MG | 5.940 | 2029 | Cogna |
Pitágoras Betim | Betim/MG | 24.483 | 2029 | Cogna |
São Judas Consolação | São Paulo/SP | 587 | 2029 | Ânima |
Anhanguera São Bernardo | São Bernardo do Campo/SP | 23.771 | 2034 | Cogna |
Anhanguera Santo André | Santo André/SP | 7.722 | 2027 | Cogna |
Ela aponta que o portfólio hoje dividido entre os dois FIIs será consolidado em um só ativo, com presença geográfica em 10 Estados e no Distrito Federal, e vacância inferior a 5%. “A fusão permite que os investidores do RBED11 se beneficiem de um veículo mais líquido e diversificado, enquanto o RBVA11 ganha exposição ao setor educacional”, conclui Anita Scal.