Fundos imobiliários mais rentáveis de 2024: SNLG11 e SNEL11 ficam no top 3
Lista de rentabilidade de fundos imobiliários combina distribuição de dividendos e valorização das cotas no mercado secundário.
Dois dos fundos imobiliários sob gestão da Suno Asset, o SNLG11 e o SNEL11, ficaram entre os três primeiros colocados entre os FIIs mais rentáveis de 2024. O levantamento foi realizado pela Quantum Finance, empresa de inteligência de dados para o mercado financeiro.
O cálculo feito pela empresa levou em conta a combinação entre a variação de preços dos FIIs durante o ano, entre o primeiro e o último pregões de 2024, e a distribuição de dividendos durante o período.
O maior retorno foi do HOFC11, FII de lajes corporativas sob gestão da Hedge. O SNLG11 e o SNEL11 vieram em seguida, fechando o “pódio” da rentabilidade. Confira abaixo os 10 FIIs mais rentáveis de 2024:
- HOFC11 – 35,92%
- SNLG11 – 26,20%
- SNEL11 – 24,67%
- HGPO11 – 23,90%
- CPUR11 – 19,53%
- ABCP11 – 18,40%
- FLCR11 – 16,95%
- MAXR11 – 16,07%
- RELG11 – 15,72%
- KNUQ11 – 14,83%
Na lista de maiores dividendos do ano, a liderança ficou com o HGPO11, FII de lajes corporativas que passou à gestão do Patria Investimentos durante o ano. Em outubro, o fundo vendeu ao TOPP11 os dois imóveis de seu portfólio, o Metropolitan e o Platinum, e, após receber a parcela de entrada, distribuiu dividendos extraordinários de R$ 130,40 por cota.
Esse pagamento, somado às distribuições regulares de janeiro a outubro, levou a um dividend yield anualizado de 79,34%, que compensou até mesmo a desvalorização das cotas após o fechamento do negócio. O HGPO11 não distribui mais dividendos recorrentes, e deve ser liquidado quando receber o valor restante da venda, com vencimento apenas em 2026.
Fundos imobiliários SNLG11 e SNEL11: entenda de onde vêm as receitas
O SNLG11 é um fundo de galpões logísticos que passou por um processo de remodelação pela Suno Asset. Entre outras ações, o fundo solicitou a extinção de várias Sociedades de Propósito Específico (SPEs) que detinham a propriedade dos imóveis, para que eles tivessem propriedade direta do fundo.
Assim que a reorganização foi concluída, o FII passou a distribuir dividendos regularmente desde junho, no total acumulado de R$ 2,10418460 por cota até dezembro. Em janeiro, o pagamento foi de R$ 0,30 por cota, realizado nesta segunda-feira (27)
Em novembro, a gestão concluiu a venda do portfólio de ativos ao GGRC11, e hoje detém cotas desse fundo que vêm formando sua receita. Os cotistas devem ser convocados nos próximos meses para votar pela liquidação do SNLG11.
Já o SNEL11 é um fundo de desenvolvimento que investe na construção e locação de usinas fotovoltaicas, que fazem a geração de energia renovável. Durante o ano, o fundo imobiliário passou por um desdobramento de cotas, na proporção de 1:15, que elevou fortemente sua liquidez e contribuiu para a valorização do preço.
O SNEL11 está realizando sua terceira emissão de cotas, ao preço de R$ 8,55 por cota, enquanto conclui obras em três usinas que estão sendo construídas com recursos da segunda emissão. Esses empreendimentos, dois em Goiás e um em Minas Gerais, devem ser ligados ao sistema elétrico nacional até o fim deste mês.
As usinas construídas com recursos do IPO já estão gerando receita recorrente, distribuída aos investidores sob forma de proventos mensais. A atuação segura do SNEL11 garantiu desde setembro sua inclusão no IFIX, o principal índice do mercado de fundos imobiliários.