ALZR11, MANA11 e Fiagros estão entre destaques do Bom Dia FIIs (21/2)
ALZR11, MANA11 e SNAG11 divulgaram relatórios gerenciais e Fiagros foram objeto de relatório da CVM sobre o mercado.
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Os relatórios gerenciais dos fundos imobiliários ALZR11 e MANA11 e também do SNAG11, Fiagro de crédito da Suno Asset, além de uma análise do mercado de Fiagros, estão entre os destaques desta sexta-feira (21). O dia encerra aquela que foi, até agora, a melhor semana do ano para o mercado de FIIs.
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O IFIX fechou nesta quinta-feira (20) em 3.075,41 pontos, alta de 0,50% em relação ao resultado do pregão anterior. O mercado operou positivamente durante todo o dia, com um pico de alta logo nos primeiros minutos e outro no começo da tarde, fechando perto da máxima do dia.
O ganho acumulado na semana pelo índice de FIIs, com três altas e uma queda mínima de 0,01%, na quarta-feira (19), é de 1,89%. Analistas acreditam que o mercado decidiu aproveitar o atual cenário, com preços bastante descontados, para aumentar suas posições.
As condições, aliás, se mantêm para muitos fundos, caso das duas principais valorizações do dia, os fundos PATL11 e BTRA11. Ambos fecharam o pregão com altas acima dos 4%, e mesmo assim seguem cotados com descontos superiores a 50%.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
Fiagros alcançam R$ 43,7 bi em patrimônio e dividendos superam 1,6% ao mês
A indústria de Fiagros (Fundos de Investimentos nas Cadeias do Agronegócio) experimentou um crescimento de 315% nos últimos dois anos, conforme o Boletim CVM Agronegócio. O patrimônio líquido investido nesse segmento saltou de R$ 10,5 bilhões em dezembro de 2022 para R$ 43,7 bilhões em dezembro de 2024.
Enquanto o mercado financeiro como um todo avançou 17,4% no mesmo período, o agronegócio se destacou não apenas pelo desempenho dos Fiagros, mas também pelos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que viram um aumento de 60% em seu patrimônio, alcançando R$ 153,5 bilhões. A maioria dos fundos do segmento investem em CRAs, gerando rendimentos mensais aos seus investidores.
Este crescimento robusto reflete o papel do setor na economia nacional, com a participação do agronegócio no mercado de capitais crescendo 16% e o volume financeiro do segmento subindo de 397 bilhões para 540 bilhões.
Nesse cenário, os dividendos mensais distribuídos pelos Fiagros têm se mostrado atrativos, já que o mercado segue com pressão vendedora na B3 e, com isso, o retorno dos dividendos ficou maior devido ao preço mais baixo das cotas. O LSAG11 liderou o dividend yield mensal no pagamento mais recente, alcançando o índice de 1,68% neste mês de fevereiro.
SNAG11 entrega rentabilidade 34% superior ao CDI com dividendos
O SNAG11, Fiagro de crédito da Suno Asset, encerrou janeiro com um resultado final de R$ 8,2 milhões, segundo relatório gerencial divulgado nesta semana. O fundo fechou o mês com rentabilidade de 2,63%, considerando a valorização da cota e os dividendos distribuídos.
Pelo segundo mês consecutivo, o SNAG11 anunciou a distribuição em R$ 0,11 por cota, o que representa um rendimento 34% superior ao de um investimento que paga 100% do CDI, considerando a tributação de 15%. O pagamento de fevereiro será na próxima terça-feira, dia 25. Além disso, o fundo registrou uma valorização de 1,4% na cota, refletindo a recuperação gradual do preço no mercado secundário.
Janeiro também marcou o primeiro mês de receita consolidada após a conclusão da alocação da 4ª emissão de cotas, que destinou os recursos para a compra final de CRAs. Com um carrego médio da carteira mais alto e um cenário de Selic elevada, o fundo reafirma sua projeção de manter a distribuição de R$ 0,11 por cota no primeiro semestre.
A gestão destacou ainda que o portfólio segue 100% adimplente e sem eventos de crédito, garantindo solidez e previsibilidade na geração de rendimentos. “Com um desempenho superior à média da indústria, o fundo se consolida como uma alternativa atrativa para investidores que buscam retornos consistentes no segmento”, pontua a equipe da Suno Asset.
MANA11 tem resultado de R$ 3,8 mi em janeiro e dividendos de 147% do CDI
O fundo imobiliário MANA11 encerrou janeiro com um resultado operacional de R$ 3,83 milhões, equivalente a R$ 0,10 por cota, reforçando sua estratégia de alocação defensiva e gestão ativa. A principal fonte de receita no período veio das operações de CRIs, seguidas pelos rendimentos de FIIs e remuneração do caixa em instrumentos de liquidez.
No mês, o fundo manteve sua distribuição de R$ 0,10 por cota, resultando em um dividend yield anualizado de 16,3%, equivalente a 147% do CDI. Outro ponto destacado foi o deságio da cota, em cerca de 12,9%. Para a gestora, esse desconto é uma ótima janela de investimento para o crescimento de cotistas.
A rentabilidade acumulada do MANA11 desde o início das operações segue expressiva, com a cota patrimonial ajustada pelos dividendos distribuídos registrando alta de 31,2%, desempenho 3,9 vezes superior ao IFIX, que acumulou 8,05% no mesmo período. A comparação com o CDI equivalente, líquido de impostos, mostra o fundo superando o indicador em 103%.
ALZR11 lucra R$ 9,95 milhões e detalha compra milionária de lojas
O fundo imobiliário ALZR11 divulgou seus resultados de janeiro de 2025, reportando um lucro de R$ 9,952 milhões, ligeiramente inferior ao valor de R$ 10,004 milhões registrado no mês de dezembro.
A receita foi de R$ 11,027 milhões em janeiro, com despesas totalizando R$ 1,075 milhão. Os dividendos do ALZR11 neste mês serão de R$ 0,8055 por cota, com base na data de fechamento de 18 de fevereiro. A distribuição será realizada no próximo dia 25.
Em relação aos rendimentos projetados para o primeiro semestre de 2025, o fundo ALZR11 estima um pagamento mensal entre R$ 0,79 e R$ 0,81 por cota. Esta estimativa é baseada somente nos recebimentos de aluguéis e na aplicação do caixa do fundo, além das despesas.
Em janeiro, o ALZR11 anunciou a assinatura dos compromissos definitivos (CVCs) para a aquisição de SPEs responsáveis pelos direitos de duas lojas de varejo locadas para o grupo Assaí Atacadista, localizadas no Rio de Janeiro (RJ) e no Guarujá (SP).