TRXF11, PULV11 e SNEL11 estão entre destaques do Bom Dia FIIs (25/2)
TRXF11 anunciou inclusão em índice internacional; PULV11 e SNEL11 divulgaram dados detalhados sobre suas carteiras.
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Os fundos imobiliários TRXF11, PULV11 e SNEL11 estão entre os destaques desta terça-feira (25), dia seguinte a mais uma movimentação positiva do IFIX. O principal índice do mercado se aproximou de “virar” o resultado acumulado do ano para positivo.
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O IFIX fechou nesta segunda-feira (24) em 3.113,54 pontos, valorização de 0,21% em relação ao resultado do pregão de sexta-feira (21). O índice mais uma vez operou positivamente durante todo o dia e a máxima do dia ficou perto dos 3.120 pontos, acima do maior resultado do ano, de 3.118,93 pontos, registrado em 6 de janeiro.
O acumulado do mês ficou positivo em 3,08%, e a comparação com o último dia de 2024 ainda ficou negativa, mas em 0,09%, o melhor resultado desde 7 de janeiro. A tendência é que fevereiro seja o primeiro mês do IFIX no azul desde agosto do ano passado.
Especialistas acreditam que a semana deve ser puxada por distribuições de dividendos, especialmente nesta terça, com pagamentos sendo feitos por uma série de FIIs que podem gerar investimentos em ativos de cotações ainda muito pressionadas. “Há uma oportunidade única para aqueles que buscam ativos com fundamentos sólidos e estão dispostos a manter uma visão de longo prazo”, diz a analista CNPI, Maria Fernanda Violatti, especializada no mercado de FIIs.
Na sexta (28), último dia do mês, mais de 150 fundos imobiliários e uma dezena de Fiagros anunciam os valores de dividendos para distribuição em março e também fecham a lista de beneficiários dos proventos. Esse cenário costuma movimentar positivamente o mercado.
Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:
PULV11: fundo imobiliário tem rentabilidade de 14,60% em 2024
O fundo imobiliário PULV11 distribuiu dividendos de R$ 0,10 por cota em fevereiro. O dividend yield mensal foi de 1,16%, com a cotação de R$ 8,60. No mês, o fundo registrou uma rentabilidade anualizada de 12,41%, enquanto a rentabilidade ajustada alcançou 14,60% em 2024.
Quando considerados os retornos ajustados ao IPCA, os rendimentos foram de 7,65% ao ano e 9,74% ao ano, respectivamente. A cota patrimonial do fundo fechou o mês de janeiro em R$ 9,82.
O portfólio do fundo é composto por 4.592 contratos de financiamento imobiliário e home equity, cujos pagamentos mensais cobrem o fluxo dos 11 CRIs em carteira. Além disso, 92% das operações investidas foram ancoradas pela RBR Asset, gestora do FII.
Outro dado relevante foi a taxa média combinada do portfólio, que ficou em IPCA + 11,18% ao ano, demonstrando a atratividade dos ativos alocados e a estratégia de proteção contra a inflação.
TRBL11 anuncia resultado 10 vezes maior em janeiro; entenda o que aconteceu
O fundo imobiliário TRBL11 registrou uma receita total de R$ 19,02 milhões em janeiro, o que equivale a R$ 2,46 por cota. O resultado final alcançou R$ 18,13 milhões (R$ 2,34 por cota). Esse resultado foi 10 vezes maior que o lucro auferido no mês anterior, que tinha sido de R$ 1,786 milhão.
Para explicar esse salto no resultado mensal, a gestão compartilhada entre Tellus e Rio Bravo destaca que R$ 3,19 milhões (R$ 0,41 por cota) se referem a receitas operacionais, enquanto R$ 15,83 milhões (R$ 2,05 por cota) provêm de um ganho extraordinário gerado pela venda de ativos.
Em relação à distribuição de dividendos, o fundo manteve o valor de R$ 0,62 por cota, conforme o plano de linearização da distribuição para o semestre. O pagamento foi feito no dia 14 de fevereiro de 2025. Com base no valor de mercado da cota, que era de R$ 62,27 no último dia útil de janeiro, o dividend yield anualizado, referente aos novos dividendos do TRBL11, ficou em 11,94%.
SNEL11 amplia receita imobiliária e paga dividendos anualizados de 14,83%
O fundo imobiliário SNEL11 registrou mais um mês de crescimento na receita imobiliária, atingindo R$ 661,9 mil em janeiro, impulsionado pelos projetos já em operação com os recursos da 1ª emissão de cotas do fundo. O resultado distribuível registrou saldo de R$ 3,3 milhões.
O desempenho reforça a expectativa da Suno Asset, gestora do FII, de novas altas, uma vez que os projetos Mundo Melhor, São Bento Abade e Liberdade, construídos com verba da segunda emissão de cotas, ainda não entraram em operação, o que amplia o potencial de valorização da receita. Segundo a gestão, a UFV Petrolina, um dos ativos do fundo, ainda enfrenta desafios de ocupação, mas segue em processo de estabilização.
No mês de janeiro, o fundo concluiu a segunda liquidação da 3ª emissão de cotas, captando R$ 1,3 milhão, já descontados os custos da operação. Com isso, o montante total captado na oferta chegou a R$ 58,5 milhões, equivalentes a 6,8 milhões de recibos.
Além disso, no período, enquanto o IFIX apresentou queda de 3,07% em janeiro, as cotas do SNEL11 entregaram um retorno total positivo de 1,15%, sustentado pelos dividendos distribuídos, já que o valor da cota permaneceu estável. Em comparação aos principais índices de referência, o fundo teve um desempenho superior, alcançando 113,44% do CDI, 718,39% do IPCA e 158,26% do seu benchmark (IPCA + 7%).
TRXF11 é incluído em índice internacional; veja como isso funciona
O fundo imobiliário TRXF11 foi incluído na nova prévia do FTSE Global Equity Index Series Latin America, índice internacional administrado pela FTSE, gestora ligada à Bolsa de Valores de Londres. A inclusão coloca o TRXF11 ao lado de companhias como Alpargatas (ALPA4), Magazine Luiza (MGLU3) e Unipar (UNIP6) no segmento de Small Caps da região.
Segundo o comunicado divulgado pela FTSE, essa é uma prévia do rebalanceamento do índice, que está sujeita a alterações até o fechamento do dia 7 de março. Assim, a partir do dia 10, as atualizações no portfólio, incluindo a entrada do TRXF11, serão consideradas oficiais.
“A entrada do TRXF11 no FTSE Global Equity Index Series Latin America reforça a relevância do fundo no mercado e amplia sua visibilidade entre investidores internacionais. Isso demonstra a consistência da nossa estratégia e a atratividade do portfólio que construímos”, afirma Gabriel Barbosa, gestor do fundo.
Uma das possíveis vantagens da inclusão no TRXF11 é o aumento da sua liquidez na Bolsa, com a possibilidade de aumento da procura por investidores estrangeiros. O FTSE Global Equity Index Series é um índice que monitora ações globais com potencial de investimento, oferecendo flexibilidade para se ajustar a diferentes estratégias de negócios. Esse índice reúne empresas de diferentes tamanhos, selecionadas dentre 49 mercados, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes.